Conheça os tipos de adubação e como utilizá-los!

Pode parecer óbvio que a nutrição do solo é um ponto de extrema relevância para os resultados de uma lavoura. Mas, ao contrário do que muitos podem imaginar, executar essa tarefa com os vários tipos de adubação disponíveis é um tanto complexo e exige o domínio do assunto para uma produção satisfatória.

Neste artigo, apresentamos os tipos de adubo e como utilizá-lo da forma mais eficiente. Descubra todos os detalhes na leitura completa.

O que é adubação?

A adubação consiste na prática agrícola responsável por garantir os elementos essenciais para a nutrição do solo. Isso porque, independentemente da cultura a ser cultivada ou da região em que se encontra a propriedade, na maioria das vezes existe alguma deficiência que impedirá o pleno desenvolvimento das plantas.

É por isso que a adubação é uma das primeiras etapas de trabalho para quem vai investir em qualquer lavoura. Trata-se de uma operação que interfere diretamente na produtividade e nos lucros obtidos pelo produtor.

Quanto mais alinhada for essa preparação com as características do solo, condições climáticas da região e peculiaridades do cultivo escolhido, maiores as chances de sucesso e otimização de resultados.

Qual a importância da adubação para a agricultura?

O processo de adubação tem um papel fundamental para uma exploração consciente e sustentável do solo. Afinal, com esse procedimento o produtor rural consegue desenvolver de forma saudável suas culturas, sobretudo alcançando melhores índices de produtividade sem provocar o esgotamento daquela área.

De forma resumida, podemos dizer que investir nos tipos de adubação disponíveis no mercado é uma espécie de manutenção preventiva do solo. Além de assegurar a qualidade dos produtos, ela também contribui para o combate à erosão, lixiviação, entre outros impactos de degradação.

Acima de tudo, a adubação é responsável por fortalecer e suprir as carências nutricionais do solo, que terão um papel fundamental ao longo do desenvolvimento de toda a lavoura.

Portanto, independentemente do tamanho da propriedade, não há como falar em produção rural competitiva, sem que haja os devidos cuidados com a etapa de adubação. No fim das contas, ela é uma das grandes responsáveis pela construção de um ambiente equilibrado, bem como pela entrega de produtos de alto padrão ao consumidor.

Quais são os principais tipos de adubação?

Basicamente, a adubação agrícola pode ser dividida em três tipos. Confira a seguir.

Adubação mineral

A adubação mineral é uma técnica que utiliza compostos químicos para promover a fertilização do solo. São produtos derivados do que resta do refino de petróleo ou extração mineral — normalmente, uma combinação de cloretos, fosfatos e carbonatos.

Por se tratar de um tipo de adubação mais concentrada, esses produtos, via de regra, são encontrados em grânulos, a fim de que sua absorção ocorra de maneira gradual no solo. Em virtude disso, este é um fertilizante que não tem contato direto e imediato com as raízes das plantas. Sua ação acontece aos poucos.

Com essa dinâmica, o produtor corre menos riscos da aplicação de uma superdosagem e evita que o excesso de nutrientes não absorvidos tenham efeitos colaterais negativos na plantação.

No caso da adubação mineral, uma das composições mais conhecidas e recomendadas do mercado é o fertilizante NPK, formado por Nitrogênio, Fósforo e Potássio, na proporção 10-10-10 e aplicações de 50 gramas por metro quadrado.

Adubação orgânica

Podemos entender como adubação orgânica o processo que utiliza insumos naturais para a fertilização do solo. Nesse tipo de adubação, são utilizadas matérias orgânicas de origem animal ou vegetal, como:

• folhas;
• cascas;
• fezes de animais;
• ossos etc.

Então, quando o material é depositado no solo, as bactérias fazem o seu trabalho de decomposição, permitindo que os nutrientes sejam assimilados pelas plantas em seus diferentes estágios de crescimento.

A vantagem da adubação orgânica é que, apesar de mais lenta, seus efeitos são prolongados e duradouros. Em virtude disso, a fertilização orgânica oferece um nível ainda maior de segurança em relação a excessos.

Ademais, os adubos orgânicos são divididos em três categorias:

Simples

Aqueles que podem ser de origem animal ou vegetal e têm a adição de um ou mais nutrientes de plantas.

Misto

Adubo que resulta da mistura de dois ou mais fertilizantes orgânicos simples (animal ou vegetal), com a adição de um ou mais nutrientes de plantas.

Composto

Utiliza matéria-prima de origem industrial, obtida por processos químicos, físicos ou bioquímicos, que também podem ser enriquecidos com nutrientes minerais. Ou seja, eles não deixam de ser produtos naturais, mas a obtenção do resultado final depende de processos industriais.

Adubação organomineral

Adubação organomineral, por sua vez, é aquela que utiliza materiais orgânicos enriquecidos com minerais. É uma combinação de nutrientes que permite um processo de fertilização mais ágil. Contudo, esse não é o seu único benefício.

Esse é um tipo de insumo mais completo, pois, ao mesmo tempo em que melhora as propriedades físicas do solo, ele fornece a matéria-prima ideal para o crescimento saudável e rápido das plantas. A adubação organomineral também ajuda a equilibrar o PH e promove uma nutrição prolongada do solo.

Como utilizar cada tipo de adubação de forma eficiente?

No que diz respeito à aplicação dos diferentes tipos de adubação, não é novidade que a escolha do produto e das melhores técnicas depende de diversas peculiaridades de cada propriedade — solo, clima, plantas cultivadas, estágio de desenvolvimento.

Mesmo assim, é possível conhecer algumas informações importantes antes mesmo de definir o seu planejamento estratégico.

Para fertilizantes químicos e granulados, por exemplo, o ideal é que a adubação ocorra junto com o plantio. Já para fertilizantes químicos e granulados orgânicos, bem como produtos em pó para correção do solo, a adubação a lanço é a mais eficiente.

Nesse contexto, ainda temos a adubação por irrigação, que é o método mais indicado para os insumos de fertilização líquidos, de forma que a sua aplicação seja feita simultaneamente com a irrigação das lavouras.

Por fim, quando a opção for uso de fertilizantes foliares, que também são diluídos, a adubação por pulverização é a alternativa que traz os melhores resultados.

Como você pode ver, o emprego dos tipos de adubação certos são a chave para o aumento da produtividade agrícola e, consequentemente, para a oferta de alimentos de melhor qualidade. Saber usar esse recurso a seu favor é um importante segredo para otimizar seus esforços.

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