Termômetro Grão Direto

Termômetro de Mercado Grão Direto – edição 19/10/2021

A Grão Direto fez uma pesquisa para entender o que produtores, compradores e corretores esperam dos preços do milho e da soja. Continue a leitura e descubra quais são as expectativas desses importantes atores do cadeia do agronegócio.

Expectativas sobre os preços do milho

De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços do milho seguem em queda na maioria das regiões brasileiras.

Segundo o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP), entre 8 e 15 de outubro, o preço caiu 0,93%, fechando a R$ 90,18/saca de 60 kg na sexta passada. A queda foi ocasionada pelo clima favorável no país, que reflete em preços mais atrativos para a próxima safra.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado da commodity está começando a se acomodar. “Já tinha recuado bem nas últimas semanas e agora não mostra muito espaço de baixa acentuada, e também o espaço de alta é muito pequeno”, diz.

Nesse cenário de movimentação cautelosa no mercado, a Grão Direto questionou aos usuários da plataforma qual a expectativa deles em relação aos preços praticados no mercado de milho para a próxima semana.

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Segundo os produtores que plantaram milho, apenas 17% acreditam que os preços poderão seguir em queda, retraindo o mercado disponível. Já a grande maioria, correspondente a 47%, consideram que os preços seguirão estáveis. Porém, uma parte ainda significativa deles, cerca de 36%, apostam no aumento dos preços. Observamos que, a maior parcela dos produtores da plataforma digital não pretendem arriscar na elevação dos preços do grão, apostando em movimentações mais favoráveis das vendas.
A maior parte entre os compradores, sendo 54%, apontaram em uma possível queda acentuada nos preços. Já os outros 46%, indicaram possibilidade de estabilidade ou valorização do cereal. Isso significa que as ofertas de compra poderão ser maiores nas próximas semanas.
Há uma opinião quase dividida entre os corretores da plataforma digital, ou seja, 30% apostam em uma nova queda nas cotações e 44% acreditam que o preço se manterá estável nos próximos dias. Somente 25% deles apontaram elevação dos preços.

Dos produtores que plantaram milho, apenas 17% acreditam que os preços poderão seguir em queda, retraindo o mercado disponível. Já a grande maioria, correspondente a 47%, considera que os preços seguirão estáveis. Porém, uma parte ainda significativa deles, cerca de 36%, aposta no aumento dos preços. Observamos que a maior parcela deles pretende arriscar na elevação dos preços do grão, apostando em movimentações mais favoráveis das vendas.

Já entre os compradores, 54% apontaram uma possível queda acentuada nos preços. Por outro lado, 46%, indicaram possibilidade de estabilidade ou valorização do cereal. Isso significa que as ofertas de compra poderão ser maiores nas próximas semanas.

Há uma opinião quase dividida entre os corretores que usam a Grão Direto. Nesse sentido, 30% apostam em uma nova queda nas cotações e 44% acreditam que o preço se manterá estável nos próximos dias. Somente 25% deles apontaram elevação dos preços.

Os dados da pesquisa indicam que o mercado de milho será mais movimentado nas próximas semanas, pois no momento há receio entre os compradores, e os produtores não têm demonstrado pressa em negociar grandes volumes.

O indicador de milho do Cepea, que tem como base os preços praticados em Campinas, registrou alta de 14,6% no acumulado do ano. Em 12 meses, os preços atingiram 28,2% de valorização. Porém, os preços recuaram nos últimos dias no mercado interno.

De acordo com Douglas Coelho, sócio-diretor da Radar Investimentos, a queda na cotação do milho se trata de um movimento comum, em todo o Brasil. “É um movimento de alívio com as condições climáticas favoráveis e o avanço do plantio da safra 2021/22”, diz. Ele ainda afirma que o estoque de passagem é relativamente curto, menor do que nos anos anteriores, o que deve sustentar a cotação do cereal.

A exportação do grão foi bem menor em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nas três primeiras semanas de outubro, o Brasil exportou 696.346,6 toneladas de milho não moído (exceto milho doce).

Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 146.332,6 mil no período, contra US$ 834.606 mil de setembro do último ano. Já na média diária, o atual mês contabilizou decréscimo de 64,93%, ficando com US$ 14.633,3 por dia útil, contra US$ 41.802,3 em outubro de 2020.

Expectativas sobre os preços de soja

Nas últimas semanas, o preço da soja oscilou bastante, devido ao ritmo mais lento no mercado brasileiro, ocasionado pelo extenso período do feriado chinês e também no Brasil. Enquanto isso, o comércio norte-americano estava acelerado na produção e estoque do grão, saindo de 5,03 milhões de toneladas produzidas para 8,71 milhões.

Nesse sentido, a Grão Direto questionou aos usuários da plataforma qual a expectativa deles em relação aos preços praticados no mercado de soja para a próxima semana.

Conforme a pesquisa, verificamos que a maior parte dos produtores estão otimistas quanto à estabilidade no preço da soja, pois 48% deles acreditam que o preço será mantido. Para a minoria, em torno de 13%, a probabilidade do preço cair é muito baixa. No entanto, 39% deles, apostam no aumento do preço, indicando que poderá ocorrer valorização no valor da commodity nos próximos dias. Por outro lado, somente 34% dos compradores afirmam que o preço do grão não sofrerá alterações. Em contrapartida, é alta a possibilidade de queda no preço da oleaginosa para 43% deles. Existe ainda a possibilidade do preço subir para 23% desses usuários. Isso demonstra que os compradores pretendem não arriscar muito nas negociações, esperando o preço se tornar mais rentável e flexível. Verificamos que 22% dos corretores também apostam na queda dos preços da soja.  Já a expectativa de estabilidade no preço é relevante para eles, pois 52% estão otimistas na permanência dos preços. Somente 25% desses usuários arriscam na alta dos preços. Podemos observar, que os corretores estão com boas expectativas de estabilidade da soja, ou seja, o ritmo de ofertas deles irá diminuir caso o preço se eleve.

Conforme a pesquisa, verificamos que a maior parte dos produtores está otimista quanto à estabilidade no preço da soja: 48% acreditam que o preço será mantido. Para 13%, a probabilidade do preço cair é muito baixa. No entanto, 39% deles apostam no aumento do preço, indicando que poderá ocorrer valorização no valor da commodity nos próximos dias.

Por outro lado, somente 34% dos compradores afirmam que o preço do grão não sofrerá alterações. Em contrapartida, é alta a possibilidade de queda no preço da oleaginosa para 43%. Além disso, existe possibilidade do preço subir, para 23% desses usuários. Isso demonstra que os compradores pretendem não arriscar muito nas negociações, esperando o preço se tornar mais rentável e flexível.

Verificamos que 22% dos corretores também apostam na queda dos preços da soja. Já a expectativa de estabilidade no preço é relevante para eles, pois 52% estão otimistas na permanência dos preços. Somente 25% desses usuários arriscam na alta dos preços. Podemos observar que os corretores estão com boas expectativas de estabilidade da soja, ou seja, o ritmo de ofertas deles irá diminuir, caso o preço se eleve.

Na segunda desta semana, com a alta do dólar e a Bolsa de Chicago instável, mas em ritmo acelerado, os preços da soja subiram nas principais regiões do país. Ao mesmo tempo, houve uma melhora moderada no movimento das negociações no mercado disponível, envolvendo cerca de 50 mil toneladas do grão.

Com a melhora no clima na maior parte do país, o plantio no Brasil disparou, o que favorece a movimentação do mercado interno e externo, devido à aceleração na colheita americana. Esses fatores resultaram em maiores estimativas na relação estoque/consumo final da safra 2021/22, pressionando os contratos futuros na Bolsa de Chicago nos últimos dias.

Sendo assim, conforme informações do Cepea, os compradores brasileiros se afastaram das aquisições no spot, na expectativa de adquirir lotes a preços menores nas próximas semanas.

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