Termômetro de Mercado Grão Direto – edição 05/10/2021
A Grão Direto fez uma pesquisa com clientes para identificar quais são as expectativas climáticas deles para o plantio Safra Verão 2021/22. Para mais detalhes sobre esse levantamento, leia a análise exclusiva disponibilizada por nossa parceira especializada no mercado de grãos brasileiro.
Expectativas climáticas dos produtores de grãos
A torcida de todos os setores do agronegócio brasileiro, incluindo os produtores que já iniciaram o plantio e os que preferiram aguardar um clima mais favorável, é que as perspectivas climáticas para os próximos dias estejam mais uniformes e que o solo mais úmido proporcione uma semeadura mais saudável e bem desenvolvida.
Nesse contexto, a Grão Direto perguntou aos usuários de sua plataforma: como estão suas expectativas referentes às condições climáticas para o plantio da Safra Verão 2021/22?
Como já era esperado, a maioria dos produtores apostou em iniciar a semeadura da safra verão 2021/22 no início do mês de outubro, ou seja, muitos deles estão plantando soja e milho nesta quinzena.
De acordo com o levantamento da AgRural, na quinta-feira, 30/09, o plantio de soja chegou a 4% da área estimada para o Brasil, contra 1% uma semana antes e 2% na mesma época do ano passado.
Coincidentemente, no mesmo período, a semeadura do milho atingiu 33% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil, ligeiramente acima dos 31% de um ano atrás.
Nos últimos dias, a maioria dos estados brasileiros foi surpreendida por pancadas de chuvas. Com isso, produtores aproveitaram para acelerar o plantio dos grãos.
Entre os usuários da Grão Direto que estão otimistas, segundo a pesquisa, grande parte representou as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
As chuvas em Mato Grosso na última semana favoreceram os trabalhos. Assim, o plantio da soja avançou 4,95 pontos porcentuais, para 6% da área esperada, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Mesmo assim, os usuários do estado do MT são os menos otimistas em relação às condições climáticas, pois apenas 11% deles acreditam em clima mais favorável.
“Apesar dos bons volumes de chuvas registrados no estado, algumas regiões não receberam uma boa cobertura, como é o caso da centro-sul, que, devido ao volume pluviométrico mais baixo acumulado na última semana, apresentou o menor porcentual semeado, de 3,71%”, disse o Imea em nota.
São Paulo também segue menos otimista quanto às condições climáticas mais positivas. Apenas 18% dos produtores paulistas acreditam na melhora do clima, apesar do estado ser um dos mais chuvosos no Brasil.
Já os estados de Minas Gerais e Goiás estão mais otimistas, sendo que 41% dos mineiros apostaram em melhorias climáticas, da mesma forma que 23% dos goianos. Lembrando que as chuvas só atingiram o estado goiano no final de setembro e alcançou apenas algumas áreas mineiras.
Levando em conta os temporais de areia que acometeram SP e MG, 70% dos entrevistados desses estados estão pessimistas quanto ao clima mais promissor. Segundo o Globo Rural, no Sudeste, a frente fria avança e também traz umidade para o interior paulista. Nesse caso, a chuva pode ser benéfica para amenizar os temporais de areia que atingiram as localidades.
Um exemplo de superação no caso de crise hídrica é a Rowena Petroll, produtora rural de soja, milho, sorgo, feijão irrigado e gado para corte, em Paracatu, MG. Na crise de 2017, a falta de água impediu o plantio de algumas culturas, e o faturamento da empresa caiu a um quarto do que recebia. Sendo assim, eles optaram por melhorar a estrutura da reserva de água disponível e investiram na estrutura de barragens.
A irrigação de culturas agrícolas pode ser uma solução para amenizar os riscos com a falta de água. A prática é utilizada para complementar a disponibilidade da água provida naturalmente pela chuva, proporcionando ao solo teor de umidade suficiente para suprir as necessidades hídricas das culturas, favorecendo o aumento de produtividade e contribuindo para reduzir a expansão de plantios em áreas com cobertura vegetal natural. No caso das culturas irrigadas de soja, milho, café, feijão e outras, o sistema de irrigação mais utilizado é o pivô central.
Por fim, entre as opiniões neutras sobre as condições climáticas, 41% se concentram em Minas Gerais, 25% em Goiás, 21% em São Paulo e 9% em Mato Grosso.
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