safra de milho no brasil

Safra de milho no Brasil: quais as previsões para 2023?

A safra de milho no Brasil tem elevado a capacidade produtiva pela maior digitalização do campo e pelo melhoramento genético. Afinal, tudo isso expande a proteção ao meio ambiente, reduz custos dos produtores rurais e aumenta a qualidade da produção.

Esses benefícios são ainda mais relevantes no cenário atual, que aponta escassez mundial de milho em 2023. Isso é explicado principalmente pela guerra entre Rússia e Ucrânia e pela queda na produtividade do grão nos Estados Unidos.

Diante desse contexto, o Brasil tende a elevar o número de exportação do milho e comercializá-lo por preços mais atrativos, beneficiando os produtores rurais. Assim, a safra de milho no Brasil 2022/2023 deve ser superior a 125 milhões de toneladas, segundo Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Quer saber quando é a safra do milho no Brasil, se a previsão é positiva ou negativa, qual a estimativa de preço, o consumo interno e externo etc.? Continue a leitura e tire as suas principais dúvidas!

Como é a safra de milho brasileira?

O milho é a principal matéria-prima consumida na avicultura, na suinocultura e na produção de bovinos.

Diante da relevância dessas culturas para a economia, garantir o milho — principal insumo desses animais — é essencial. O Brasil se destaca na produção pela boa qualidade oferecida, que depende das condições de cultivo, colheita, armazenamento e estocagem do produto.

Esses aspectos podem ser melhorados com auxílio de investimentos tecnológicos, como uso de equipamentos para secagem de grãos de milho. O melhoramento genético para obtenção de genes de milho de melhor qualidade é um aliado nesse sentido.

Com o auxílio dessas duas frentes, esses grãos melhoram a qualidade da nutrição dos animais. Isso ocorre por serem resistentes a insetos, além de terem um maior teor de fósforo, óleo e lisina, nutrientes aliados no desenvolvimento dos bichos.

Embora o agronegócio seja o principal consumidor do milho, esse grão também é fundamental para a sobrevivência alimentar das pessoas. Assim, ele é presente em massas, pães, óleo, fubá, biscoitos, bolachas etc.

Quanto tempo dura a safra do milho?

A duração é de 85 a 120 dias, variando conforme o tipo de grão de milho — como doce, duro, pipoca, dentado e farináceo. O dentado, com coloração do branco e amarelo até o vermelho e marrom, é muito usado no agronegócio e na indústria. Os demais são mais comuns na produção de alimentos para humanos.

O tempo de duração da safra do milho considera as diferentes etapas da cultura desse grão, como:

  • análise do solo;
  • preparo e adubação do plantio;
  • controle de pragas;
  • adubação;
  • monitoramento de pragas e doenças;
  • colheita.

O milho é uma cultura favorecida em climas quentes, como verão e primavera (período chamado de safra). Porém, no Brasil se tornou possível plantá-lo também no inverno (momento conhecido como safrinha). Isso é explicado pela adoção de boas práticas de lavouras, como sistemas de irrigação.

Logo, esse grão tem três safras anuais no Brasil, único grande país produtor com essa capacidade. A seguir, entenda o período de plantio e colheita em cada safra:

  • a primeira, normalmente a mais produtiva e rentável, inicia o plantio, na maioria dos locais, de setembro a dezembro e faz a colheita de fevereiro a junho;
  • a segunda inicia o plantio no Centro-Oeste de janeiro a março e faz a colheita entre maio e setembro. Nas demais regiões, o plantio fica entre janeiro e julho e a colheita entre maio e dezembro;
  • a terceira (safrinha/safra de inverno) inicia o plantio de abril a junho e a colheita vai de agosto a novembro, sendo mais comum na Bahia, Roraima, Sergipe, Alagoas e Pernambuco.

Safra de milho no Brasil em 2023: positiva ou negativa?

A expectativa é otimista para a produção desse grão, que deve bater recordes e superar 125 milhões de toneladas. Uma das explicações para o otimismo é a boa safra de verão, devido às condições climáticas favoráveis.

Essas informações são divulgadas e atualizadas pela Conab, que analisa os principais estados brasileiros produtores, para ajudar na melhor tomada de decisão dos agricultores. Assim, resumidamente:

  • São Paulo — o clima frio aumentou o ciclo das lavouras, mas é esperada boa produtividade;
  • Minas Gerais — o tempo seco tem sido favorável para a etapa de maturação do grão;
  • Paraná — o maior volume de chuvas ajudou na fase reprodutiva do milho, apesar de atrapalhar a colheita;
  • Santa Catarina — produtividade inferior à expectativa;
  • Rio Grande do Sul — haverá perdas de safras, devido à diminuição das chuvas e às altas temperaturas. Apesar disso, a expectativa é que o volume seja superior à safra de milho de 2022;
  • Maranhão — a regularidade das chuvas tem favorecido o desenvolvimento da plantação.

Como visto, algumas localidades não estão em condições climáticas favoráveis para a produção de milho no Brasil. Ainda assim, a expectativa geral é positiva, embora a colheita ainda não tenha sido concluída em nenhum dos estados.

Preço

O clima favorável e os dados trazidos pela Conab mostram que a safra de milho em 2023 tende a ser positiva. Logo, os preços cobrados pelos produtores rurais e demais envolvidos nas vendas dos grãos devem ser mais atrativos, por trazerem boa qualidade de milho para o mercado interno e externo.

Além desse fator, a demanda global por milho prevista é ainda maior. Isso é justificado pelo contexto econômico, político e social. É o caso da guerra entre Rússia e Ucrânia, da queda na produtividade do grão nos EUA — maior produtor mundial —, entre outros.

Então, o cenário atual sinaliza uma maior demanda internacional, devido à escassez global e à dificuldade de comprar em países que banham Ucrânia e Rússia. Isso indica que o Brasil pode exportar esse grão por preços mais competitivos. Logo, é possível equilibrar os prejuízos de condições climáticas desfavoráveis em alguns estados, como no Rio Grande do Sul.

Contudo, se a produção de milho nos Estados Unidos se recuperar, o Brasil ganha um concorrente de peso, o que exige uma correção nos preços. Isso é importante até para evitar que o país fique com muito estoque parado desse grão.

Os preços do milho vendido no Brasil também dependem da produção da Argentina. Afinal, o país já perdeu 11 milhões de toneladas e deve perder ainda mais, em razão da seca e das altas temperaturas. As informações são da Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA). Esse cenário também contribui para que a produção brasileira ofereça o grão a preços mais competitivos.

Consumo interno e externo

Conforme mencionado, deve haver uma forte demanda internacional de milho no Brasil, pelo menos no primeiro semestre de 2023, tendo a China como principal compradora. As vendas para esse país refletem em um terço do incremento do volume exportado e, no final de 2022, já resultaram em 1,10 milhão de toneladas, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária.

O interesse na produção de milho do Brasil cresceu com a guerra da Ucrânia e Rússia, obrigando a China a procurar novos fornecedores. Além dela, Japão, Vietnã, Coreia do Sul e Irã são os principais compradores internacionais do país.

Além disso, existe previsão de aumento da produção nacional de carne, levando ao maior interesse na compra do milho, principal insumo dos animais. E ainda, o Brasil pode expandir as áreas produtivas, para que o consumo interno e externo do milho tenha ainda mais relevância no país.

Estoque

A expectativa é que o estoque de milho no Brasil fique abaixo de 2 milhões de toneladas ao fechar o ano comercial. Isso é explicado devido ao maior interesse no consumo interno e externo da produção desse grão.

Como os agricultores podem se preparar?

O ano de 2023 se mostra potencialmente favorável e lucrativo. No entanto, para alcançar esses objetivos é preciso adotar as melhores práticas de lavoura.

Outra indicação para que os agricultores tirem o melhor proveito da cultura de milho no Brasil é usar maquinários eficientes, como plantadeira, e soluções tecnológicas que facilitem o processo. Isso porque elas ajudam na produção, na colheita, no armazenamento e na estocagem do produto, o que eleva a qualidade do grão.

É o caso de ferramentas de Agricultura de Precisão (AI), como sensores, GPS, plantio mecanizado etc. Todas essas opções são aliadas no planejamento e no monitoramento da lavoura, para que os produtores aproveitem as melhores condições climáticas.

Como visto, o ano é favorável para o consumo interno e externo, além da oferta de preços mais atrativos. O produtor rural que souber usar a tecnologia a seu favor para otimizar a qualidade do grão pode ter bons resultados.

Então, tirou as suas principais dúvidas sobre a safra de milho no Brasil em 2023? Continue com a gente e confira este artigo sobre como fazer uma adequada colheita do milho!

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