Quais são os riscos na agricultura e como gerenciá-los
A agricultura, apesar de ser uma das fontes produtivas mais relevantes para a economia nacional, também é ponto de origem de riscos que merecem ser acompanhados de perto. Desde fatores absolutamente incontroláveis, como intempéries, até falhas na gestão, é fundamental estar atento aos riscos na agricultura.
As plantas, o solo, a variabilidade climática — absolutamente tudo interfere na produtividade agrícola e, consequentemente, nos resultados alcançados pelo produtor rural. Por isso, mesmo as atividades mais “tranquilas” também oferecem certos riscos.
Se não é possível evitar essa situação, o que fazer? Aprender a gerenciar os riscos! Seja uma seca duradoura, a infestação de uma nova praga ou, até mesmo, uma crise econômica que assola o país, ter as suas estratégias bem elaboradas é sempre uma boa opção.
Saiba mais sobre o assunto e confira algumas dicas neste artigo!
O que são riscos na agricultura?
Os riscos na agricultura são todas aquelas situações que representam alguma ameaça à continuidade do negócio. Podem ser perigos naturais, econômicos e assim por diante. Qualquer que seja a interferência que atrapalhe significativamente a produtividade, a lucratividade ou a sustentabilidade da atividade é um risco.
Hoje, a maior parte dos alimentos produzidos em todo o mundo derivam de um grupo muito pequeno de espécies, sejam elas vegetais ou animais. Dessa forma, toda a cadeia alimentar global dependa de elementos específicos, fazendo das atividades agrícola e agropecuária duas iniciativas naturalmente “arriscadas”.
Em relação às atividades agrícolas, por exemplo, uma simples infestação de pragas pode colocar o desempenho de uma safra inteira a perder — e esse não é o único perigo emergente.
Outras situações frequentemente assolam os produtores, tais como:
- as oscilações no mercado de exportação;
- a volatilidade dos preços ofertados aos consumidores;
- a instabilidade nos custos de produção e na renda dos produtores;
- a variabilidade dos fatores climáticos.
Nesse caso, é fundamental que qualquer propriedade tenha estratégias bem elaboradas, que usem o potencial do clima, da região, dos conhecimentos do produtor e de cada recurso disponível para manter um ciclo produtivo forte. Essa é uma maneira de fazer a gestão de riscos na agricultura, diminuindo os impactos provocados por estresses hídricos, térmicos e até nutricionais que podem afetar esse negócio.
Riscos associados
Além disso, essas situações também provocam os chamados riscos associados — ou agravamentos e consequências dos problemas iniciais. Eles também devem ser levados em conta no planejamento produtivo, o que inclui:
- os riscos inerentes à produção;
- os riscos sanitários;
- a gestão de recursos naturais e artificiais;
- o mercado local e externo;
- a infraestrutura;
- o ambiente natural e institucional da propriedade;
- o acesso a crédito;
- o fomento à comercialização.
Quando um produtor não recebe acesso a crédito ou não conta com políticas que viabilizem a comercialização dos seus produtos em mercados locais, por exemplo, ele enfrenta um grande risco de prejuízos ao negócio. O mesmo vale para limitações de recursos hídricos e energéticos, problemas de infraestrutura, logística e escoamento de produtos, e assim sucessivamente.
Com esses exemplos, é possível ter uma ideia da vasta gama de riscos na agricultura. Cada um deles precisa ser trabalhado de forma interdependente, sempre considerando como afeta outras variáveis da atividade.
Quais são os principais riscos na agricultura?
Você já deve ter percebido que a agricultura é cheia de riscos. Isso é parte natural da atividade, mas não significa que o produtor não possa — ou não deva — fazer algo a respeito.
Pelo contrário: é preciso saber como combater cada um desses males e amenizar os seus efeitos. Continue a leitura para mais detalhes.
Segurança alimentar e desenvolvimento sustentável
A segurança alimentar é a condição que permite que todas as pessoas tenham acesso a alimentos seguros e nutritivos. Inclusive, é um direito básico, mas que nem sempre é garantido a todas as populações.
Para entregar esse resultado, é fundamental que os produtores estejam plantando e cultivando produtos saudáveis, descontaminados e ricos em nutrientes. Além disso, é preciso contar com uma boa distribuição e escoamento logístico, tornando o acesso aos alimentos mais barato e facilitado.
Obviamente, isso depende de muito mais do que a boa vontade do produtor — envolve políticas públicas eficientes, investimentos e práticas agrícolas verdadeiramente sustentáveis.
Valorização humana e qualificação de mão de obra
Em muitos casos, os riscos na agricultura estão associados à valorização e à preservação das condições de saúde dos trabalhadores no campo. Sejam agricultores ou outros trabalhadores rurais, é fundamental estar atento às medidas de trabalho que protejam essas pessoas.
Os riscos envolvidos na produção agrícola que atingem diretamente o ser humano são uma ameaça para a prosperidade e a continuidade do agronegócio. Inegavelmente, os acidentes de trabalho, o desenvolvimento de doenças por intoxicação e, até mesmo, a eventual invalidez ou morte desse pessoal são ocorrências que precisam ser prevenidas.
Proteção e segurança do patrimônio
As propriedades agrícolas são, frequentemente, assoladas por males — intencionais ou não — que podem provocar a perda de bens valiosos para o produtor. Isso inclui os casos de roubo, incêndios, destruição de maquinário agrícola, entre outros.
Nenhum produtor está completamente a salvo dessas possibilidades. Portanto, é preciso pensar em alternativas que diminuam esses riscos na agricultura e que permitam a reposição ou a proteção desse patrimônio a qualquer momento, de forma ágil.
Preservação da produção e da colheita
Outros fatores que exigem cuidado redobrado quando se trata de proteção contra os riscos na agricultura são a produção e a colheita propriamente ditas. Ambas podem sofrer a interferência de fatores externos — muitos deles, incontroláveis pelo homem. Logo, é importante contar com um plano B.
As condições climáticas e a ação de pragas e doenças são alguns exemplos de males que podem afetar a produtividade no campo. Do mesmo modo, as culturas podem sofrer com a ação contínua da contaminação de poluentes hídricos ou atmosféricos.
Precificação e instabilidade econômica
Os fatores econômicos também são considerados um risco, uma vez que a oscilação de preços afeta diretamente a rentabilidade do produtor e as suas condições de dar continuidade ao agronegócio. Afinal, é na safra que todo o ciclo produtivo se paga e rende para novos cultivos.
Assim, quando a economia vai mal ou quando o mercado local está em crise, a agricultura também sofre as consequências. Sem estabilidade, torna-se praticamente impossível investir em melhorias, adquirir equipamentos e maquinários ou, até mesmo, qualificar a escolha de sementes e insumos em geral.
Como gerenciar os riscos na agricultura?
O gerenciamento de riscos na agricultura pode ser facilitado por meio da contratação de um seguro agrícola. No entanto, como você acabou de ver, essa não é a única ameaça que assola as propriedades. É possível criar uma estratégia sistemática de mitigação de riscos e de otimização da produção.
É por isso que muitos agricultores preferem variar suas táticas de cultivo, melhorar sua adaptação às mudanças, investir em tecnologia e aprender a criar novas possibilidades no campo.
Hoje, a gestão agrícola não é apenas sobre plantar e colher — também abrange como gerenciar um negócio, investir de forma inteligente, analisar dados, produzir alimentos nutritivos e promover a sustentabilidade. Para isso, é preciso gerenciar os riscos.
Medidas para gerenciar riscos
- a diversificação das fontes de renda, plantando culturas variadas e, muitas vezes, intercaladas;
- a aposta em pré-temporadas de safras como forma de manter as vendas dos produtos agrícolas o ano todo — até mesmo, em períodos menos intensos;
- o aproveitamento das janelas de oportunidade, plantando culturas escassas em mercados com gargalos;
- a instalação de sistemas de irrigação abundante e segura, mesmo em períodos de seca, para maximizar e proteger a produtividade;
- a escolha de um sistema de produção agrícola que faça sentido para todas as atividades da propriedade, de forma simbiótica;
- a elaboração de um orçamento estratégico para aumentar a segurança financeira, mesmo em períodos de baixa temporada;
- a atenção às inovações no mercado, seja para produção ou comercialização. Estão surgindo cada vez mais tecnologias para auxiliar no manejo e na produção agrícola;
- a verificação de diferentes oportunidades com instituições financeiras para acesso ao crédito de maneira mais ágil e benéfica para o seu sistema de gestão;
- o investimento em tecnologias que ajudem a monitorar a lavoura e a gerenciar o negócio com mais certeza.
Além disso, há outro fator de extrema relevância para uma gestão de riscos eficiente na agricultura: uma mentalidade forte. Fugir dos riscos, fingir que eles não existem ou negar que eles possam atingir a sua lavoura, certamente, não é uma boa estratégia para lidar com a situação.
Em vez disso, é preciso mergulhar de cabeça nas alternativas, buscar conhecimento e capacitações, que podem ajudar a fortalecer a sua atividade e abrir novas possibilidades de negócios.
Se preferir, pode recorrer ao auxílio de quem entende do assunto — seja um consultor, um corretor de seguros rurais, agrônomos e técnicos agrícolas de sua região, assim como associações e cooperativas, que são uma boa maneira de trocar experiências e conhecimento.
Qual é a importância dos seguros rurais?
Os seguros rurais são mecanismos de gestão importantes para que os produtores diminuam os riscos de suas atividades e, assim, trabalhem com mais segurança e garantia de sobrevivência do negócio.
O seguro agrícola, por exemplo, que protege os agricultores contra perdas causadas por problemas climáticos e outras dificuldades que podem afetar suas plantações, vem acompanhado de uma série de recomendações que vão ajudar a aumentar a eficiência do seu gerenciamento de riscos.
Com as diversas modalidades de seguros rurais disponíveis, os produtores rurais podem ter estratégias específicas que aumentarão a proteção de colheitas, animais, instalações, maquinários etc. Em muitos casos, é a melhor alternativa para você se sentir mais tranquilo.
Como vimos, há riscos na agricultura que nem sempre podem ser evitados pelo produtor — por mais cauteloso e preparado que ele esteja. Por isso, contar com seguros rurais é uma boa alternativa para evitar prejuízos financeiros em caso de imprevistos.
Já que você está por dentro dos principais riscos na agricultura, descubra quando é o melhor momento para pensar no seguro agrícola!
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