3 dicas de como melhorar a produtividade no campo

A agricultura no Brasil tem apontado grandes mudanças ambientais, culturais, econômicas, sociais, tecnológicas e mercadológicas, que acontecem em grande velocidade e em direções diferentes, causando um impacto considerável no setor rural e na produtividade no campo.

Em meio aos diversos indicativos, o fortalecimento da sustentabilidade e a utilização de inovações tecnológicas, como práticas voltadas à mecanização, novas técnicas, softwares de gestão, entre outros, têm reduzido os obstáculos na logística da produção.

Toda a metodologia agrícola é iniciada a partir do desenvolvimento e do cuidado da área da cultura, da escolha das fontes de nutrientes, das características do solo, até a escolha do que irá ser plantado, com o propósito de conseguir a máxima produtividade no campo.

Quer conhecer 3 dicas que podem fazer a diferença na sua lavoura?

Quais fatores interferem na produtividade do campo?

Quando o assunto é produtividade do campo, é necessário não levar em conta somente a produtividade, mas a capacidade de desenvolvimento da sua propriedade.

Alguns fatores vão influenciar bastante a produtividade a longo prazo, como as escolhas das técnicas de manejo de plantas daninhas, tecnologias, insumos, mão de obra, solo e investimentos financeiros.

E, na geração de commodities, como o mercado estabelece as “regras do jogo”, muitas vezes, a opção é aceitar os preços. Desta forma, para obter lucro, é fundamental investir de maneira adequada e reduzir custos. Por isso, é necessário elevar a capacidade de produção da sua propriedade, deixando-a inteligente e a sua atividade, mais eficiente.

Como melhorar a produtividade no campo?

Acompanhe algumas estratégias para aprimorar a produtividade no campo.

1. Invista em MIP e controle biológico

Investir em MIP (Manejo Integrado de Pragas) é realizar o monitoramento contínuo dos ambientes, pois muitas populações de insetos são notadas apenas no instante em que causam prejuízos.

Realizar uma ampla pesquisa da área e, posteriormente, fazer o uso de técnicas para conservar as populações abaixo do nível de prejuízo econômico é o foco do MIP.

Em meio às variadas técnicas, o controle biológico pode contribuir positivamente para o resultado produtivo da sua plantação.

Alguns exemplos são a utilização de insetos predadores vivos, patógenos microbianos, nematoides entomopatogênicos, manipulação do comportamento fazendo o emprego de substâncias hormonais ou armadilhas atraentes para eliminar populações de diversos insetos-praga.

Fazendo o uso de algum desses métodos, será notada uma mudança na maneira como o sistema reage. Se bem executado, você perceberá que o método adotado colabora para o nível de equilíbrio (NE) da lavoura.

Ainda poderão ser usadas outras opções de manejo, rotacionando e posicionando os produtos químicos de maneira diferente na cultura a fim de, consequentemente, reduzir sua aplicação.

2. Faça o manejo de plantas daninhas

As plantas daninhas são extremamente adaptáveis às situações edafoclimáticas (ou seja, relativas ao solo e clima) e possuem muita facilidade na sobrevivência e disseminação. Isso porque, no meio de uma mesma população, podem existir variações genéticas.

Por conta disso, é necessário evitar o aparecimento e controlar as plantas daninhas nas culturas. Um primeiro passo é reconhecer quais são as principais invasoras da área e compreender suas particularidades em detalhe.

Depois, é importante fazer o mapeamento das plantas daninhas. Porém, o monitoramento convencional já pode fazer a diferença. Inclusive, para contribuir nesta tarefa, existem no mercado alguns aplicativos que realizam a identificação de invasoras.

Para manejo, a alternativa mais eficiente é fazê-lo de maneira integrada. Rotacione herbicidas juntamente com a rotação de culturas, use sementes certificadas e também faça a limpeza dos equipamentos. Outra alternativa indicada é realizar o manejo não químico das plantas daninhas.

3. Use sementes de qualidade

O propósito de buscar sementes de qualidade ao implantar uma lavoura é que, depois do plantio, a germinação aconteça de maneira bem estabelecida e uniforme. Assim, o agricultor pode confiar no seu potencial produtivo.

E o que pode ser considerada semente de qualidade? O primeiro fator que deve ser levado em conta são as características físicas como danos mecânicos, de insetos e o seu tamanho para facilitar na hora do plantio.

Além disso, os aspectos sanitários são fundamentais, pois as sementes são uma das principais formas de disseminação de doenças, especialmente em novas áreas. É essencial usar sementes certificadas. Por isso, sempre verifique o boletim de análise da semente.

Você também pode ter a sua própria semente para uso exclusivo na sua propriedade – porém, é fundamental testá-la antes.

Para ter a certeza de como será o potencial da semente no campo, sempre faça o uso de uma área para testes. E, se possível, teste inclusive o tratamento de semente que pretende usar com elas no canteiro.

Vale ressaltar que apenas em condições corretas de solo, nutrição, bom tratamento da semente e sem a competição com plantas daninhas, ela poderá apresentar seu potencial produtivo máximo.

Como produzir mais em uma área menor?

Segundo estudo do Instituto Econômico de Pesquisa Aplicada (Ipea), de 1994 a 2015, a área cultivada no país aumentou 53%, enquanto a produção de grãos cresceu cerca de 260%, constatando o progresso em produtividade.

As razões para a possibilidade de crescimento na produtividade nos últimos anos são:

• fortalecimento da mecanização do campo;
• aperfeiçoamento nos métodos e manejos dos agricultores;
• emprego de recursos digitais na agricultura, com ênfase na agricultura de precisão;
• utilização de insumos modernos em termos defensivos, sementes de qualidade e adubação de sistema, por meio da tecnologia em nutrição vegetal.

Qual é a importância de contar com a tecnologia?

Para melhorar a produtividade agrícola, é fundamental investir em sistemas e máquinas com tecnologia de ponta. As inovações estão fazendo o mercado ser cada vez mais automatizado, autônomo e eficiente. No entanto, na prática, a tecnologia pode apresentar muito mais benefícios! Confira:

• controle e otimização de processo;
• monitoramento;
• redução de perdas;
• sustentabilidade.

Quais ferramentas utilizar?

Existem variadas ferramentas de alta tecnologia que podem contribuir para a produtividade na agricultura. A seguir, estão algumas que são destaque no cenário atual:

• drones;
• motores elétricos;
• sensores;
• softwares;
• estações meteorológicas.

Ampliar a produtividade no campo de maneira efetiva é possível. Mas, para isso, tenha certeza que está acertando em pontos básicos, como exercendo uma gestão agrícola competente, fazendo a análise de solo, utilizando sementes de qualidade, realizando o manejo integrado e contando com uma equipe motivada.

A tecnologia ainda pode colaborar muito no futuro, com maior possibilidade de aperfeiçoamento na produção, processos mais inteligentes, sustentáveis e eficientes.