Preço do arroz segue enfraquecido; por outro lado, lavouras se desenvolvem bem
A demanda do cereal no mercado interno está arrefecida e não tem apresentado sinais de recuperação, contribuindo para o enfraquecimento do preço do arroz.
Na última sexta-feira, 10, o Indicador Esalq/Senar-RS do arroz com 58% grãos inteiros e pagamento à vista fechou a R$ 62,28 por saca de 50 kg, queda de 5,39% ante o registrado no mesmo período do mês anterior.
Em contrapartida, de acordo com o Cepea, o mercado interno registrou, ainda em novembro e pelo oitavo mês consecutivo, preço médio recebido pelo exportador equivalente a R$ 104,93/sc de 50 kg, reflexo do câmbio favorável.
Cenário internacional do preço do arroz
As exportações brasileiras de arroz em equivalente casca no mês passado totalizaram 26,34 mil toneladas, sendo o segundo menor volume embarcado este ano.
Conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, o recuo atingiu quase 81% quando comparado ao mês anterior.
A baixa atratividade do produto nacional e a limitação na efetivação de transações externas foram os principais fatores relacionados ao resultado das exportações em novembro.
Estágio do cultivo de arroz no país
Vale ressaltar que o cultivo do cereal da safra 2021/22 avança em todo o território nacional. Especificamente no RS, maior produtor brasileiro, o plantio encontra-se praticamente finalizado.
Favorecidas pela ocorrência de chuvas, ainda que esparsas, as lavouras apresentam desenvolvimento satisfatório, com condições adequadas para germinação, emergência e bom estande de plantas.
Todavia, conforme ressaltado no último relatório divulgado pela Conab, a escassez de insumos na safra atual tem feito com que muitos produtores reduzam, ainda que pouco, o nível de tecnologia empregado. Isso pode resultar na redução da produtividade no final da safra brasileira.
Novo movimento entre orizicultores do RS
Temos observado crescente interesse de produtores do estado gaúcho em cultivar soja em lavouras de arroz para a próxima safra, inclusive em áreas de várzeas (que ficam inundadas em determinadas épocas do ano).
Essa tendência desenha o cultivo tanto pelo sistema de sulcos quanto por sulco-camalhão, motivada pelo aumento substancial dos custos de produção no cultivo do cereal, o que tem reduzido as margens do orizicultor.
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