Bovinocultores seguem retendo animais, aguardando aumento do preço da arroba
Com a notícia de retomada das exportações para a China, no dia 15 de dezembro, os produtores, estimulados pelo provável aumento da demanda, seguem retendo os animais destinados para abate, aguardando elevação no preço da arroba.
Já as indústrias frigoríficas se mantêm cautelosas, aguardando a acomodação do mercado, visto que boa parte tinha a escala de abate fechada até o final do ano. A cotação do boi gordo no Cepea/B3 no dia 21 de dezembro foi fechada a R$ 327/arroba.
Reviravolta no cenário e expectativas para o preço da arroba
No início de dezembro, o mercado seguia em estabilidade e escala de abates confortáveis, variando de 10 a 12 dias, em média, o que estava proporcionando às indústrias a tentativa de compras com pequena redução de preços.
Agora, com a mudança no comportamento dos produtores, algumas questões precisam ser elucidadas em torno da China, a começar pelo seu potencial de importação no próximo ano.
É provável que o gigante asiático não atue de maneira tão agressiva como em anos anteriores. Quanto ao mercado interno, os altos preços do varejo devem manter o consumo limitado, apresentando pouca perspectiva de aumento.
Projeções climáticas e seus impactos
As projeções climáticas apontam para chuvas favoráveis às pastagens no Sudeste e Centro-Oeste, regiões com os maiores rebanhos comerciais do Brasil. Isso pode estimular os produtores a reterem os animais nos pastos e aguardar a recuperação no preço da arroba. Ainda, tende a refletir positivamente no preço dos animais de reposição.
Recomendação dos especialistas
O cenário se mostra favorável à cadeia produtiva da bovinocultura de corte para o próximo ano, estimulando os produtores a investirem em produtividade — principalmente, na melhoria das pastagens, benfeitorias, aquisição de máquinas e implementos e melhoramento genético dos animais.
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