Perspectivas climáticas para safra de verão 21/22: últimas atualizações

Marshall Santos, consultor de agrometeorologista da Brasilseg, uma empresa BB Seguros, explica a chegada do fenômeno La Niña. Ainda, apresenta as perspectivas climáticas para safra de verão 21/22.

Fique por dentro do cenário atual das projeções climáticas nesta análise exclusiva que Marshal fez para o BBcast Agro, boletim diário produzido pelos especialistas em agronegócio do Banco do Brasil.

Panorama geral do clima e o retorno de La Niña

De acordo com o Centro de Previsão Climática da Agência Norte-Americana de Meteorologia e Oceanografia (NOAA), o resfriamento das águas do Pacífico Equatorial se intensificou de maneira significativa ao longo do mês de setembro.

Segundo a NOAA, as anomalias de temperatura na região do Pacífico Equatorial excederam meio grau negativo. Além disso, hoje, todos os padrões oceânicos e atmosféricos estão condizentes com o fenômeno La Niña.

Com isso, podemos oficialmente dizer que La Ninã está de volta. O fenômeno deve atuar até pelo menos o próximo verão, com probabilidade em torno de 87%. Sua intensidade, a princípio, deve atingir níveis variando entre moderado a forte em seu pico de atuação. Esse pico está previsto para ocorrer entre novembro e janeiro.

Perspectivas climáticas para safra de verão 21/22 no Brasil

Em solo brasileiro, o prognóstico de chuva para os meses de outubro a dezembro, fornecido pelo Instituto Nacional de Meteorologia, está condizente com o padrão típico de La Niña.

Nesse sentido, no Sul do país, as chuvas devem ficar abaixo da média em toda a região no acumulado do trimestre.

Na região Sudeste, as chuvas devem ocorrer abaixo da média sobre o estado de São Paulo, Rio de Janeiro, sul de Minas e Triângulo Mineiro. Por outro lado, nas demais áreas da região, como centro-norte mineiro e no estado do Espírito Santo, estão previstas chuvas acima da média.

No Centro-Oeste, o estado do Mato Grosso, centro-norte de Goiás e Distrito Federal devem ser contemplados com chuvas acima do esperado. Enquanto isso, no sul de Goiás e estado do Mato Grosso do Sul, a expectativa é de volume de chuva abaixo da média climatológica.

No Matopiba, ainda são esperadas chuvas acima da média em todas as regiões produtoras. Com relação aos níveis atuais de umidade no solo para o arranque inicial da safra, as chuvas que retornam aos poucos sobre o Brasil Central e Sudeste têm contribuído para a reposição da água no solo. No entanto, ainda aguarda-se acumulados mais precisos para o avanço do plantio em maior escala nessas regiões.

Apesar disso, de acordo com a Conab, o plantio dos principais cultivos de verão, como soja e milho, avançam dentro do esperado, em torno dos 30%.

Recomendação dos especialistas

Para sua maior proteção contra eventuais intempéries climáticas no decorrer da safra, conte sempre com as soluções e serviços para mitigação de riscos oferecidas pela BB Seguros.