negócio em família

Como garantir o bom andamento do negócio em família? Veja aqui

Um negócio em família é bastante comum no agro. Mas, para que tenha um efeito de continuidade no tempo e alcance bons resultados, deve evitar alguns erros comuns aos empreendimentos familiares.

Além de evitar alguns equívocos contumazes, é necessário levar adiante algumas medidas estratégicas com vistas à profissionalização de seus membros e da empresa. É o que vamos ver.

Continue a leitura e descubra como garantir o bom andamento do negócio em família.

Quais os principais problemas que podem ocorrer em um negócio de família?

Além das questões comuns a qualquer empresa, uma empresa familiar pode estar sujeita a situações resultantes de sua própria natureza. Evite cair nos erros mostrados a seguir.

Falta de preparo dos envolvidos

O negócio é da família, mas, se quiser se posicionar no mercado, deverá ser conduzido por pessoal treinado e preparado para tal empreitada. Trata-se de uma empresa e, assim, deve ser conduzida a fim de alcançar competitividade e conquistar o seu espaço. Considere, por exemplo, a demanda de conhecimento para a agricultura de precisão.

É preciso, portanto, estar preparado para planejar estrategicamente, administrar os processos, administrar o trabalho dos colaboradores e controlar as finanças. Em outras palavras, é preciso conduzir todo o negócio com o profissionalismo necessário, como se verá adiante.

Centralização das decisões

Empresas familiares tradicionais podem incorrer no risco de ter suas decisões centralizadas no patriarca ou no chefe da família que administra os negócios. É preciso estar sempre mantendo clara a imagem de uma empresa independente da família e do que se passa entre os familiares.

A centralização de poder na família é algo comum e que deve ser discutida internamente. Contudo, essa mesma dinâmica não é saudável para o negócio e pode prejudicar seriamente os resultados da empresa.

Atribuição de funções com base em laços familiares

Qualquer empresa para funcionar adequadamente necessita estabelecer metas que deverão ser cumpridas, sobretudo, pelo desempenho das pessoas às quais forem atribuídas funções estratégicas. A referência para essa atribuição precisa ser meritória e nunca familiar.

Um grande erro que pode ser cometido nos negócios de família é uma pessoa ocupar um cargo com determinadas funções em razão do laço familiar, e não de sua capacidade profissional. Assim, é preciso atentar para essa que costuma ser a mais comum das práticas administrativas nas empresas familiares.

Formação de herdeiros ao invés de sucessores

Talvez resida aqui o maior dilema das empresas familiares: a formação de um sucessor, ao invés do processo emocional de definir o herdeiro dos negócios. Não é fácil, principalmente quando as relações familiares são muito intensas e geram grandes expectativas nos membros da família.

Ao mesmo tempo, há que se considerar em muitos casos o desinteresse dos herdeiros nos negócios conduzidos pelos pais. Mas, em muitas situações, haverá a necessidade de reconhecer talentos fora do círculo familiar e dar continuidade à sobrevivência da empresa.

Como garantir uma boa performance no negócio da família?

Além de evitar os erros apontados antes, é preciso adotar algumas iniciativas estratégicas para garantir que a empresa familiar avance e não caia em suas próprias armadilhas. Acompanhe.

Defina bem os objetivos da empresa

Todo negócio possui os seus objetivos e, a partir deles, define as suas metas e meios para alcançá-las. Os negócios em família devem seguir na mesma direção e saber muito bem aonde desejam chegar. Na verdade, todos os envolvidos devem ter em mente o que a empresa quer alcançar.

Metas e objetivos são indispensáveis e, junto com eles, os indicadores para que a empresa monitore o seu progresso em direção ao sucesso de seus negócios. Considere, ainda, que a empresa também deve definir hoje os seus objetivos para a próxima geração que assumir.

Tenha regras bem claras

Uma condução profissional do negócio em família precisa de regras claras desde o início. Isso significa que todos devem conhecer quem é a liderança, quais são as suas funções e as dos demais envolvidos e qual a responsabilidade de cada um.

Ao mesmo tempo, é preciso considerar que todos da família que fazem parte da empresa são colaboradores e, como tal, poderão ser cobrados de suas atribuições. Nesse quesito, não pode haver atrito emocional.

Invista em padrões profissionais

Em tudo o que tem sido exposto até aqui, você pode perceber um olhar voltado para a profissionalização da gestão dos negócios da família. A importância de se definir padrões profissionais reside na necessidade de não deixar que aspectos emocionais familiares se introduzam no andamento desses negócios.

A rigor, é preciso esquecer que se trata de uma família porque, na verdade, se trata de uma empresa que pertence a uma família, o que é bem diferente. Essa é a questão preponderante, e o profissionalismo precisa estar principalmente na capacitação dos gestores, no uso de tecnologia e na condução de suas decisões administrativas.

Não confunda questões familiares com assuntos da empresa

Famílias têm os seus atritos e problemas, o que é bastante normal. Mas todos eles devem ficar restritos ao âmbito familiar, o que pode ser traduzido pelo princípio popular de “não levar problemas pessoais para o trabalho”.

Em uma empresa familiar, a importância dessa regra é máxima. Não se pode considerar que o desentendimento na mesa do almoço de domingo se reflita nas decisões do planejamento estratégico dos negócios da empresa.

Mas, nesse quesito, o principal cuidado ainda é financeiro: o caixa da empresa não é a poupança da família. Decididamente, não se pode usar o caixa da empresa como a carteira pessoal para os saques que se fizerem necessários.

Defina uma liderança

Em uma empresa, alguém tem que assumir a liderança, e não se trata de centralização de poder patriarcal ou do fundador, mas de liderança de fato e de tudo o que é inerente ao conceito. Uma empresa precisa de um gestor, além do proprietário, embora nada impeça que este seja o próprio gestor.

De toda forma, a figura do gestor, isto é, da pessoa que assumir a liderança dos negócios deve estar bem clara para todos. Assim, qualquer talento da empresa, seja da família ou não, responde administrativamente para o gestor da empresa.

Quais os benefícios de se adotar essas práticas?

A empresa familiar que adotar essas boas práticas de gestão dos negócios em família evita cair nas armadilhas que a própria natureza emocional do empreendimento coloca e consegue escapar dos erros mais comuns apontados anteriormente.

Ao mesmo tempo, avança como negócio, uma vez que dará mais atenção a determinados aspectos estratégicos a fim de não naufragar naqueles recifes dos mares de família. Com isso, se consegue fortalecer os laços e prosseguir sem grandes percalços com os preparativos de uma sucessão familiar futura que precisa começar cedo.

Como você pode ver, o negócio em família pode avançar com resultados positivos e conquistar uma posição de sucesso, mas precisa estar atento às forças internas que regem as relações familiares antes de a empresa existir.

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