Confira 5 dicas para fazer o controle da larva-arame!

Confira 5 dicas para fazer o controle da larva-arame

Cuidar e monitorar a plantação é a maneira que o produtor tem de garantir que a colheita cresça saudável e com qualidade, evitando perdas econômicas. As condições climáticas influenciam bastante as características do produto, porém, muitas vezes, são as pragas e as doenças que danificam as lavouras, e esse é o caso da larva-arame.

Ter cuidado com essa praga é essencial para garantir o sucesso da plantação, principalmente após a semeadura, que é quando as larvas costumam fecundar. Muito comum nos cultivos de milho, a larva-arame também pode aparecer nas lavouras de arroz, trigo, batata e fumo. Conter essa praga evita perdas, desperdícios e muitos transtornos.

Para manter a excelência na sua produção, preparamos este conteúdo que explica tudo sobre a larva-arame e os principais danos que essa praga pode gerar para a sua plantação. Boa leitura!

O que é larva-arame?

A larva-arame é um tipo de praga que atinge as sementes logo após o plantio, causando a morte das plantas e, automaticamente, levando a perdas econômicas. Essa larva é da família Elaterida e, alcançando a fase adulta, vira besouro.

O ciclo de vida da larva de arame é composto por algumas fases, que podem variar de acordo com a espécie. No entanto, em geral, ele pode ser dividido em três estágios:

  • ovo;
  • larva;
  • pupa.

A fecundação dos ovos acontece no verão, quando as fêmeas depositam centenas de ovos no solo, geralmente em grupos de 20 a 40. No início, as larvas são esbranquiçadas e medem até dois centímetros. Conforme a espécie, na fase adulta, têm o corpo alongado e cor marrom avermelhada, chegando a medir de seis a 19 milímetros.

Como é o ataque da larva-arame?

A larva-arame pode causar danos significativos às plantas e à vegetação. Elas são conhecidas pelo corpo fino, rígido e cilíndrico, que lembra um fio ou arame, e se alimentam de raízes e outras partes subterrâneas das plantas, ocasionando grandes danos.

O ataque da larva-arame começa com a sua eclosão nos solos ricos em matéria orgânica. Elas se alimentam das raízes das plantas, perfurando túneis que causam lesões nesses locais e impedem a absorção de nutrientes e água, essenciais para a sobrevivência e reprodução dos plantios. Além disso, a presença dessas larvas no solo pode atrair outros tipos de pragas e doenças, o que pode agravar ainda mais os danos às plantas.

Alguns sintomas que podem ser percebidos nas plantas atacadas pela larva-arame são:

  • murchamento;
  • amarelamento das folhas;
  • crescimento lento.

Esse tipo de ataque costuma ocorrer em solos úmidos e compactados, que tendem a dificultar a absorção da água e areação das raízes. Além disso, algumas das principais culturas que essa praga atinge são:

  • milho: pode causar danos significativos às raízes do milho, reduzindo a produtividade e a qualidade dos grãos;
  • batata: pode aumentar as chances de surgimento de outras doenças e pragas nas plantas;
  • arroz: pode afetar o desenvolvimento do sistema radicular do arroz, o que pode tornar as plantas mais suscetíveis a outras doenças e pragas;
  • trigo: pode causar danos significativos à cultura e reduzir o rendimento da colheita;
  • soja: pode atacar as raízes da soja, reduzindo a sua capacidade de realização de nodulação e absorção de nutrientes e água do solo, o que pode levar a uma redução na produtividade.

Quais são os danos que a larva-arame pode causar?

A larva-arame causa danos mais severos nas lavouras de milho e arroz com sistema de integração de pastagem. Geralmente, esses danos ocorrem no início da primavera. Elas se proliferam no começo da semeadura e se alimentam de raízes, mudas e sementes em período de germinação.

Podem ocorrer danos indiretos, deixando a planta suscetível à penetração de patógenos no local afetado pela larva, e danos diretos com a diminuição do crescimento ou até a morte da planta. As mais atingidas pela larva-arame são as plantas jovens que chegam a apresentar atrofias com tons roxos ou escuros.

Outros sinais que confirmam o ataque dessa praga são fileiras com plantas subdesenvolvidas, buracos nas sementes, caules e raízes. Quando as plantas são atacadas pela larva-arame, elas definham, o que reflete diretamente na qualidade da produção, gerando prejuízos e perdas econômicas.

Como fazer o controle da larva-arame?

Para evitar danos à plantação, o monitoramento das pragas é essencial na rotina da produção. Durante a pré-safra, é importante coletar amostras do solo para avaliar a quantidade de larva por amostra — a média de uma larva por amostra já é capaz de reduzir o cultivo.

Nos casos em que são identificadas larvas, diferentes medidas de controle podem ser adotadas pelo produtor. Confira!

1. Manejo preventivo

O manejo preventivo visa evitar a entrada e a disseminação de qualquer tipo de praga na lavoura, como a larva-arame, para avaliar em quais áreas elas estão ou não presentes. Vale lembrar que, em locais excessivamente úmidos, é fundamental controlar a umidade do solo.

Além disso, é importante eliminar hospedeiros alternativos e plantas voluntárias antes da safra. Essa técnica logo no início do processo produtivo evita a disseminação de espécies de difícil controle, como a larva-arame.

Alguns exemplos de manejo e controle preventivo são:

  • controlar pragas durante a entressafra;
  • evitar o desenvolvimento das pragas e dispersão das sementes;
  • limpar máquinas agrícolas;
  • limpar canais de irrigação;
  • selecionar bem a compra de sementes.

2. Controle biológico

O controle biológico é uma alternativa para conter pragas agrícolas, além de insetos que podem ser transmissores de doenças, a partir do uso de inimigos naturais. Ou seja, insetos benéficos, parasitoides, predadores e microrganismos, como fungos, bactérias e vírus, são usados para reduzir a proliferação de pragas.

Sustentável, o controle biológico vem ganhando espaço nos cultivos e faz parte do conjunto de boas práticas no controle de pragas do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Por exemplo, besouros-do-casaco, insetos da família Staphynidae, são carnívoros que se alimentam de várias pragas, inclusive da larva-arame. Existem também bioprodutos que reproduzem fungos nas plantas e ajudam a combater essas pragas.

3. Controle químico

O controle químico consiste na aplicação de produtos químicos que proporcionem a extinção ou a redução de pragas e doenças na lavoura. Os inseticidas, classe específica dessa substância, que eliminam apenas insetos, agem sobre ovos e larvas, bloqueando sua capacidade reprodutora.

No início do processo produtivo de qualquer cultura, os inseticidas devem ser aplicados nas plantas no primeiro mês da semeadura. Existe uma série de protocolos do Ministério da Agricultura que regulamentam o uso de agentes químicos de controle que devem ser seguidos pelos produtores.

A aplicação de produtos químicos na plantação pode ser feita com máquinas ou de maneira manual com pulverizadores costais. O método a ser escolhido vai depender de fatores como o tipo de praga, escala da plantação e orçamento de que você dispõe.

4. Monitoramento das plantas

Realizar o monitoramento das plantas é uma das estratégias essenciais para detectar indícios de infestação da larva-arame e, consequentemente, impedir a sua proliferação. Para isso, é fundamental observar atentamente os sinais de danos causados pelo inseto, como a ocorrência de raízes danificadas ou plantas murchas.

Outra técnica bastante eficiente é a utilização de armadilhas luminosas, dispositivos que emitem luz, atraindo e capturando os insetos voadores, incluindo besouros adultos.

Ao contabilizar os insetos capturados nessas armadilhas, é possível estimar a população adulta de larva-arame existente nas proximidades. Após identificar a infestação, diversas opções de controle podem ser adotadas, como o uso de pesticidas ou a utilização de métodos biológicos (nematoides parasitas, por exemplo).

Porém, o monitoramento contínuo é primordial para assegurar a maior eficiência do controle e prevenir a recorrência da infestação.

5. Rotação de culturas

A rotação de culturas é uma técnica agrícola fundamental para ajudar no controle da larva-arame. Isso porque, ao alternar as culturas plantadas em um terreno ao longo do tempo, os agricultores conseguem diminuir a população e reduzir a necessidade de pesticidas.

Essa técnica costuma ser efetiva, pois a larva-arame prefere determinados tipos de plantas e não se adapta facilmente a outras espécies vegetais. Quando um agricultor planta a mesma cultura várias vezes em um terreno, a população da praga cresce mais rápido, tornando-se difícil de fazer o controle.

Por outro lado, ao fazer a rotação de culturas, é possível interromper o ciclo de vida da larva-arame, fazendo com que ela desapareça ou diminua significativamente.

Qual é a importância de controlar a larva-arame?

A larva-arame é uma praga que ataca diretamente sementes e raízes de algumas espécies, como milho, batata e arroz, afetando o vigor e reduzindo o volume e a qualidade de plantação. Essa perda de produção causa transtornos financeiros expressivos.

Para controlar esse tipo de praga, planejamento, monitoramento e integração de práticas de manejo são ações essenciais. Os controles químico, cultural ou biológico também são recomendados para o controle da larva-arame e devem ser feitos de forma preventiva, com a aplicação dos produtos ainda no momento da semeadura das plantas.

Manter a excelência de uma produção requer esforços e muito planejamento. Só assim é possível minimizar as chances de proliferação de doenças e pragas, como a larva-arame. O controle dessas pragas é essencial para evitar danos mais severos à plantação e perdas financeiras significativas.

Gostou deste texto? Aproveite para ler sobre os produtos biológicos que podem ser utilizados para fazer o controle de pragas e doenças!

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