Confira qual a importância do café para a economia brasileira
Você já se perguntou qual a importância do café para a economia brasileira? A planta chegou ao Brasil a partir de 1727 e, em pouco tempo, se popularizou por todos os cantos do país. Assim, tornou-se protagonista da agricultura nacional e um dos pilares do nosso agronegócio.
No entanto, apesar de ser um dos alicerces da nossa economia, o cultivo de café ainda enfrenta desafios. Para superá-los, um dos caminhos é apostar em soluções baseadas em inovação, tecnologia e sustentabilidade.
Nesta leitura, abordamos as principais qualidades que o café oferece ao agronegócio brasileiro, bem como as dificuldades do cultivo. Fique conosco e se atualize sobre as melhores opções disponíveis no mercado para essa cultura!
Qual a importância do café para a história do Brasil?
A partir de 1727, quando o Sargento-mor Francisco de Mello Palheta trouxe o grão de café para Belém do Pará, a plantação do fruto se tornou uma das atividades agrícolas mais proeminentes e lucrativas do Brasil. O clima e o solo perfeitos foram o combustível para que o café encontrasse seu lugar na história da formação da nação brasileira.
Com o plantio nos estados do Norte, o café alcançou outras regiões do país e iniciou uma nova era econômica. A riqueza proveniente do grão durou quase 100 anos, criando oportunidades para que novas cidades e centros urbanos florescessem.
No meio do século 19, o Brasil se tornou o maior produtor mundial de café, sendo considerado como “ouro verde”. O escoamento de grãos com destino aos demais continentes era feito por meio do porto de Santos. Antes da abolição da escravatura, em 1888, a agricultura do café era cuidada por mão de obra escrava.
À medida que o poder econômico do país cresceu e as finanças pessoais dos brasileiros melhoraram, cada vez mais profissões emergiram, iniciativas empreendedoras foram criadas e uma nova camada social começou a se desenvolver: a classe média.
Qual a importância do café para a economia brasileira?
O café ainda contribui bastante para o setor de exportações brasileiras. Para você ter uma ideia, a receita cambial atingiu o recorde de US$ 9,23 bilhões em 2022. Foram 39,35 milhões de sacas de 60 kg exportadas para 122 países. Os dados são do relatório mensal de exportações, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Ainda segundo o levantamento, os países que mais importaram nosso café em 2022 foram:
- Estados Unidos (7,98 milhões de sacas);
- Alemanha (6,84 milhões de sacas);
- Itália (3,35 milhões de sacas);
- Bélgica (2,92 milhões de sacas);
- Japão (2,87 milhões de sacas).
Para melhorar o agronegócio, o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café), liderado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), investe em tecnologia e inovação por meio de sua Unidade Descentralizada, a Embrapa Café.
Hoje em dia, mais de 40 instituições colaboram com o desenvolvimento de um modelo democrático, participativo e pluralista. Há coordenação a nível nacional e execução descentralizada para servir às necessidades de todos os envolvidos no setor: produtores, indústrias, comércios, governo e consumidores.
O trabalho de pesquisa, enfocando o segmento do café brasileiro, contribui de forma significativa para a expansão da base do negócio.
Quais os desafios da produção do café?
Agora que você entende melhor qual a importância do café para a economia brasileira, chegou a hora de conhecer alguns desafios que os produtores rurais enfrentam. Pragas e doenças representam principais barreiras à cafeicultura. Por isso, há a necessidade de maior fiscalização das plantações.
Inclusive, um dos principais males nessa cultura é a ferrugem do cafeeiro. Essa doença pode desfolhar intensamente as lavouras de café, afetando a produção e gerando prejuízos na próxima safra. É possível fazer seu diagnóstico por meio de manchas cloróticas observadas à luz, além de necrose de partes do tecido foliar.
Para evitar a doença, os cafeicultores devem ter o monitoramento constante das lavouras de café como um objetivo. Algumas recomendações devem ser seguidas, como:
- dividir as lavouras em áreas uniformes;
- caminhar entre as linhas de forma aleatória;
- coletar cinco a dez folhas de cada terceiro ou quarto par de plantas, que devem estar localizadas no terço médio da planta, além de uma média de 100 a 300 folhas por talhão.
Além desse ponto citado, os agricultores precisam ultrapassar algumas barreiras para plantar o grão. É necessário um esforço considerável para tornar o plantio de café possível. Confira quais são os principais desafios enfrentados no campo.
Qualificação de mão de obra
A produção de café é um trabalho anual que evolui durante todo o ciclo cafeeiro, o que demanda o uso de mão de obra especializada. Afinal, qualquer falha ou deslize nas técnicas do cultivo de café pode ter um efeito direto na produtividade.
No Brasil e no mundo, a produtividade e o alto nível de qualidade do café são determinados pelo seu preço. Quanto melhor o café, maior seu valor de venda. Porém, muitas vezes a mão de obra necessária para garantir essa excelência carece de capacitação adequada, exigindo investimentos significativos.
Planejamento minucioso
Os cafeicultores precisam tomar medidas eficazes para ultrapassar seus desafios e garantir o êxito. Nesse sentido, o planejamento cuidadoso com relação ao uso da mão de obra na produção de café é primordial.
Por isso, a qualificação das pessoas que trabalham no setor agrícola deve receber a devida atenção. Invista em treinamentos adequados para que toda a equipe de trabalhadores possa atingir excelência em suas atividades.
Alterações climáticas
O Brasil é reconhecido mundialmente como um grande produtor de café, o que é possível graças às condições climáticas ideais. O grão surgiu na Etiópia, um local de altas altitudes, temperaturas de 17 °C a 20 °C e precipitações de 1.000 a 1.500 milímetros. Tais características se ajustam especialmente ao estado de São Paulo e a regiões como o sul de Minas Gerais.
Ainda assim, vale citar o relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com a segunda estimativa para a safra cafeeira do Brasil em 2023. O estudo destaca as adversidades climáticas que acometeram as diversas regiões produtoras do país nos últimos anos.
O estado do Espírito Santo, por exemplo, principal produtor do café conilon, foi bastante afetado. Poucas chuvas, longas estiagens e temperaturas acima do normal são alguns fatores que impactam as lavouras, principalmente em fases iniciais do ciclo.
Na cafeicultura, o aumento da temperatura média anual é um vilão. Isso porque a água da chuva evapora de forma acelerada e o solo tende a ficar árido, o que provoca escassez de água para a finalização do ciclo de crescimento das plantas.
Como superar essas dificuldades no cultivo?
Vencer os desafios da cultura do café requer uma abordagem estratégica, boas opções agropecuárias e a implementação de medidas adequadas. Por isso, aqui estão três pontos principais para você superá-los na sua propriedade.
Manejo agronômico eficiente
Preste atenção a pontos essenciais, como análise do solo, questões de pH e boa drenagem. Além disso, deve-se tomar cuidado com a seleção da variedade de acordo com a finalidade.
Para sabor mais refinado, as principais que se destacam no Brasil são: arábica (Coffea arabica), conhecida pelo sabor mais suave e com elevada qualidade; e robusta (Coffea canephora), cuja principal variedade é o conilon e se destaca por ser mais resistente a doenças e com teor de cafeína mais elevado.
Gestão de riscos
A cafeicultura está sujeita a diversos riscos, incluindo flutuações de preços, mudanças climáticas, pragas e doenças. Para enfrentar esses desafios, é essencial adotar uma gestão de riscos eficaz. Um dos pontos importantes nesse sentido é aprimorar a capacitação, alinhada com as tendências do mercado e com um planejamento financeiro eficiente.
Investir em inovação e tecnologia
Investir em pesquisa e desenvolvimento de novas variedades de café, técnicas de manejo mais eficientes, métodos de processamento avançados e tecnologias de cultivo pode melhorar a resiliência da cultura. Além disso, impulsionar a produtividade deve ser um esforço constante para acompanhar a competitividade do mercado.
Como produzir café sustentável?
Empresas e marcas estão ficando cada vez mais conscientes sobre qual a importância do café para a economia brasileira, especialmente no efeito da produção nos meios social, econômico e ambiental. O uso crescente da palavra “sustentável” no setor cafeeiro reflete essa mudança. Mas qual é o motivo para produzir café sustentável?
Um dos principais fatores é o debate em torno das mudanças climáticas. A alteração climática está impactando a terra usada para cultivar café, obrigando os agricultores a aumentarem a altitude em busca de temperaturas ideais para o cultivo do arábica. Separamos os principais pontos para adotar a sustentabilidade no seu cultivo.
Faça uso racional de insumos
O uso inadequado de insumos, especialmente fertilizantes, tem profundos impactos econômicos e ambientais, especialmente quando há excessos. Inclusive, vale destacar as emissões de gases de efeito estufa durante o transporte dos fertilizantes, sem fornecer qualquer benefício às fazendas quando não usados da forma certa.
Emita a certificação sustentável
Bons exemplos são a Certificação Rainforest Alliance, a Certificação Utz e a Certificação Orgânica. Elas verificam o cumprimento de práticas ambientalmente corretas, sociais e econômicas em sua produção.
Utilize energia renovável
Por fim, busque adotar soluções como energia solar ou biogás para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e as emissões de gases de efeito estufa.
Entendeu qual a importância do café para a economia brasileira? Então, mais do que aprender medidas para elevar a produtividade, procure conhecer os desafios ligados a questões ambientais e investir em inovação com tecnologia. Além disso, acompanhar a onda da sustentabilidade é crucial para se adequar à nova realidade do mercado.
Para isso, contar com as melhores soluções para o campo é o verdadeiro diferencial, especialmente na agricultura de precisão. Quer saber mais? Visite nosso site!