Estiagem no sul dificulta desenvolvimento da cultura e preocupa produtores de milho
Preocupações com a continuidade da estiagem no sul do país, observada ao longo de novembro, somada à perspectiva de um dólar forte frente ao real, dão suporte aos preços futuros do milho na bolsa de valores brasileira.
A B3 operou em alta no dia 02 de dezembro. O vencimento de janeiro de 2022 era cotado a R$ 90,88, com alta de 0,49%; o março de 2022 valia R$ 90,98, com elevação de 0,54%.
A previsão é que o mercado físico deve continuar com poucos negócios, com um volume ofertado reduzido e com compradores retraídos, indicando pouca liquidez na semana.
Sobre a estiagem no sul e seus impactos
De acordo com a Emater RS, o clima seco dos últimos dias ocasionou baixa umidade relativa do ar e do solo, resultando em dificuldades no desenvolvimento da cultura.
As regiões mais afetadas do Rio Grande do Sul são de Ijuí, Santa Rosa, Soledade, Erechim, Passo Fundo e Porto Alegre, onde os cultivos dão sinais de redução do potencial produtivo e perdas de produtividade. Com a evolução da fase vegetativa para a reprodutiva, aumentam as preocupações com perdas irreversíveis.
Ainda no RS, em Caxias do Sul e Santa Maria o retorno das chuvas deu alívio às lavouras, que já apresentavam sintomas visíveis de déficit hídrico. Com a umidade no solo restabelecida, foram retomados o plantio e as aplicações de adubação nitrogenada em cobertura.
Em geral, as lavouras na região se encontram com bom desenvolvimento e bom estande de plantas.
Estima-se que no estado gaúcho o plantio já tenha sido realizado em 86% da área prevista. Desse percentual, 55% está entre as fases germinativa e vegetativa, ao passo que 45% está entre as fases de floração e enchimento de grãos.
Panorama do cultivo de milho no restante do país
No Paraná, com a volta das chuvas da última semana, afastou-se a possibilidade de perdas, e o plantio pôde ser retomado. Nas demais regiões do Brasil, as condições das lavouras são boas.
Recomendação dos especialistas
O Banco do Brasil oferece para o produtor o BB Seguro Agrícola e o BB Seguro Faturamento, importantes instrumentos para mitigar os riscos climáticos diversos, como casos de perdas causadas por secas prolongadas.
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