Demanda externa por boi gordo brasileiro está aquecida em 2022
A demanda externa por boi gordo está aquecida devido à competitividade da carne brasileira. Por outro lado, o mercado interno está arrefecido, em razão dos altos preços da proteína, que refletem em baixo consumo e substituição por outras fontes proteicas de menor valor, especialmente frango.
No entanto, devido à baixa oferta de animais terminados, as indústrias frigoríficas mantêm as escalas de abate reduzidas na maior parte das regiões produtoras do país.
Nesse cenário, a arroba se mantém firme nas principais praças, sustentando o preço Cepea/B3, cotado em 08/03 em R$ 350,35/arroba. O cenário favorável para as exportações faz com que a diferença entre o boi China e o boi comum (mercado interno) chegue a até R$ 30,00/arroba. Na B3, os contratos com vencimento para maio de 2022 estão cotados a R$ 335,40/arroba.
As exportações de carne bovina in natura em fevereiro de 2022 totalizaram o maior volume histórico já embarcado em um mês de fevereiro pelo Brasil, com 159,10 mil toneladas, volume 55,83% superior quando comparado a fevereiro de 2021.
O preço médio mensal da tonelada ficou em US$ 5,59 mil, emplacando uma valorização de 7,97% ante a média de janeiro de 2022. Com isso, as vendas externas da proteína vermelha em fevereiro de 2022 consolidaram uma receita de US$ 889,48 milhões, montante 91,91% superior ao que foi visto com as exportações de fevereiro de 2021, quando a tonelada era cotada, em média, a US$ 4,54 mil.
O comércio global de carne bovina nunca foi tão intenso para o Brasil no primeiro bimestre do ano como em 2022.
O conflito no leste europeu tem gerado reflexos na economia em âmbito mundial. No entanto, apesar de até o momento não ter causado grandes problemas no mercado internacional de carnes, traz um alerta quanto a possíveis reflexos relacionados à elevação dos preços de soja, milho, fertilizantes e combustíveis nos custos de produção da bovinocultura, principalmente nos sistemas mais intensivos.
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