sinergia entre comércio exterior e agronegócio

A sinergia entre comércio exterior e agronegócio

O agronegócio tem se tornado cada vez mais global à medida que os produtos consumidos em uma determinada região são advindos de diversos países. Além disso, em constante busca pela sustentabilidade, o agro vê nos mecanismos do Comércio Exterior (Comex) oportunidades de desenvolvimento e potencialização de negócios.

Não há como dissociar os dois processos. A ampla evolução e a intensificação comercial impulsionam o agronegócio brasileiro a caminhar junto do Comex, com o qual se beneficia por meio de mecanismos operacionais e financeiros que podem, na prática, mitigar vulnerabilidades e riscos econômicos.

O comércio exterior auxilia em toda a cadeia produtiva do segmento agro, oferecendo apoio creditício, diversificando condições de venda, prazos de pagamento e proporcionando formas de minimizar riscos de inadimplência.

Curiosidades envolvendo comércio exterior e agro

  1. As exportações e as importações que envolvem o agronegócio podem se beneficiar de financiamentos captados no exterior, com taxas atrativas, permitindo ajustes nas necessidades financeiras no ciclo operacional financeiro, melhorando a competitividade internacional e colaborando com ferramenta de manutenção da margem de garantia prevista na operação comercial.
  2. O capital de giro externo e o empréstimo pessoal no exterior vêm tendo sua demanda aumentada pelos produtores rurais, como forma de obter recursos com custos diferenciados para destino a atividades comerciais, aquisição de terras, gados, insumos agrícolas no mercado interno, construção de silos e aquisição de aeronaves nacionais.
  3. Os pequenos, médios e grandes produtores rurais cada vez mais passam a ter no seu fluxo de caixa uma ou mais moedas internacionais, exigindo especificidade na gestão do seu diversificado fluxo de caixa. A possibilidade de gestão desses recursos em moeda estrangeira no exterior pode ser melhor desenvolvida e acompanhada por meio de abertura de conta corrente e realização de investimentos junto a bancos e corretoras no exterior, conforme montante e tipologia de aplicação.

Do campo para o mundo

Em 2022, as exportações do agronegócio cresceram 32% em relação ao ano anterior e sustentam superávit recorde da balança comercial. Assim, o setor foi responsável por US$ 159 bilhões em exportações no ano, conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Até hoje, o Brasil é o maior exportador mundial de açúcar, sem falar no etanol, um dos mais respeitados programas de combustível renovável de todo o mundo. A segunda cultura foi o café, um dos queridinhos dos brasileiros, que ainda hoje ocupa lugar de destaque nas exportações brasileiras. Em 2022, as vendas para o exterior somaram US$ 9,2 bilhões.

O cultivo da soja e do milho no Brasil são mais recentes. Essas são, atualmente, as culturas que mais se destacam na produção e na exportação brasileira. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa é colher na safra 2022/23 um total de 153,5 milhões de toneladas de soja. Para o milho, a estimativa é de 125 milhões de toneladas.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), nosso país deve ser responsável por 54,9% das exportações mundiais da oleaginosa e por 27,6% do cereal, ratificando a liderança do Brasil nas vendas internacionais de ambas as culturas.

Os recordes de produção e exportação mostram que a agricultura brasileira se desenvolveu ao longo dos últimos séculos, passando a utilizar cada vez mais tecnologia para ampliar a produtividade. Para se ter ideia do avanço, entre 1975 e 2017, a área plantada dobrou de tamanho. Já a produção de grãos cresceu mais de seis vezes no mesmo período, passando de 38 milhões para 236 milhões de toneladas. A Conab estima que essa produção deve chegar a 312,2 milhões de toneladas. Em 40 anos, Brasil saiu de importador de alimentos para se tornar um dos principais protagonistas agrícolas do mundo.

O comércio internacional torna o agro menos vulnerável aos efeitos externos e reduz os riscos econômicos de uma região. A internacionalização de produtos é a chance de diversificar os negócios para crescer, conquistar novos mercados, aumentar a competitividade e pulverizar riscos. Participar do mercado internacional pode trazer vários benefícios:

  • Conquista de novos mercados;
  • Acesso a novas tecnologias e técnicas;
  • Melhoria nos processos internos;
  • Negócios sustentáveis;
  • Participação em feiras e negócios internacionais;
  • Diversificação de oportunidade financeira perante o mercado interno;
  • Fluxo de moedas estrangeiras;
  • Incentivos fiscais;
  • Diluição de riscos.

Sabemos que os desafios para se internacionalizar são grandes, mas as oportunidades se sobressaem. Essa oportunidade não é limitada aos grandes produtores. É algo também disponível a pequenos e médios produtores rurais. Com o devido planejamento e auxílio é possível.

Como o BB pode ajudar produtores na internacionalização

O Banco do Brasil apoia os produtores rurais, avaliando e apresentando as melhores soluções em Comex, tanto para o desenvolvimento de novos negócios sustentáveis como para a proteção financeira e de mercadoria, conforme perfil e estrutura do negócio envolvido, colaborando com o desenvolvimento econômico do país.

Outra forma de auxiliar no entendimento desse tema é por meio do compartilhamento de conhecimento. Pensando nisso, o BB tem iniciativas recorrentes, como a Jornada Mulheres Agro no Comex, uma série de videoaulas elaboradas com foco em produtoras que já atuam ou desejam internacionalizar seus empreendimentos rurais. O conteúdo está disponível para consulta a qualquer momento.

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