Colheita mecanizada

Colheita mecanizada: no que é preciso investir?

A colheita mecanizada tem permitido um grande avanço na capacidade produtiva agrícola. Na verdade, é um importante diferencial para o produtor rural.

No entanto, é preciso ficar atento a alguns aspectos que viabilizam a obtenção das vantagens e benefícios oferecidos pelo sistema mecanizado. São, sobretudo, ações de planejamento e operacionalidade na condução da lavoura.

Continue a leitura e descubra no que é preciso investir para ter o melhor da colheita mecanizada.

Qual a importância da colheita mecanizada?

A demanda mundial por produtos do agronegócio, em especial por alimentos, tem sido crescente, e o Brasil é um dos pilares que sustentam esse abastecimento. A tecnologia e a modernização dos processos de produção agrícola são importantes iniciativas para alcançar produtividades sempre maiores a fim de atender a essa demanda.

Nesse sentido, a mecanização dos trabalhos envolvidos com a colheita de diversas culturas é indispensável. Quando se trata de culturas como cereais, algodão e cana-de-açúcar, entre outras, as respostas se mostram diante de qualquer análise.

Assim, é certo que a utilização de máquinas agrícolas para a realização da colheita traz um grande número de vantagens e benefícios para o produtor. Cada cultura, em função de suas características, desfruta de diferentes ganhos propiciados pela colheita mecanizada.

De modo geral, no entanto, pode-se considerar os seguintes aspectos que caracterizam a importância da colheita realizada por máquinas agrícolas:

  • redução da utilização de mão de obra;
  • diminuição dos custos de produção;
  • redução de acidentes na colheita;
  • otimização do processo de colheita;
  • liberação da lavoura mais cedo para nova produção;
  • exploração de áreas de lavoura maiores;
  • manutenção da palhada no campo.

Quais os principais desafios a vencer para tornar a colheita mais eficiente?

Como vimos, é indiscutível a importância da colheita mecanizada para o crescimento da produção e os maiores rendimentos das culturas que puderem ser mecanizadas nessa fase da lavoura. No entanto, os processos de mecanização são dinâmicos e, à medida que evoluem, trazem novos desafios para o aperfeiçoamento das operações.

Embora a mecanização da colheita traga vantagens e benefícios, é preciso superar algumas condições para implantar rotinas eficientes com o melhor aproveitamento das operações. Além disso, algumas medidas devem ser tomadas para que a atividade da máquina possa apresentar todo seu potencial.

Nesse sentido, para as culturas em geral, embora com especificidades em alguns casos, podem ser tomadas as seguintes medidas para uma colheita otimizada:

  • planejar a lavoura considerando a colheita mecanizada;
  • utilizar a máquina mais adequada para a cultura;
  • considerar o cuidado com o pisoteio do solo nas entrelinhas de passagem;
  • adequar os caminhos de circulação da máquina (buracos, pedras, paus);
  • definir e manter a velocidade adequada da colhedora;
  • manter adequada regulagem do mecanismo de colheita da máquina;
  • controlar o momento da colheita (maturação, altura das plantas);
  • evitar ervas invasoras no período de colheita;
  • avaliar constantemente situações de perdas na colheita e suas causas principais.

Caso da cultura da cana-de-açúcar

Algumas culturas, em especial, apresentam desafios específicos para o aprimoramento da colheita mecanizada, como é o caso da cana-de-açúcar. Nessa lavoura, o corte da colheita ceifando as canas para a usina deve ser feito de modo a não abalar a soqueira que permanece e que deverá rebrotar para a próxima safra.

Para esse fim, o sistema de facas, por exemplo, assim como a regulagem e a manutenção da capacidade de corte das lâminas, deve ser bem conduzido e regulado. A ausência desses cuidados se reflete diretamente em perdas elevadas no rendimento da colheita atual e posterior.

Caso da cultura do algodão

A colheita mecanizada na cultura do algodão apresenta alguns desafios particulares que são constituídos por erros que podem ocorrer, mas que devem ser evitados. Assim, nessa cultura, é preciso considerar aspectos como:

  • operar a colhedora em velocidade adequada;
  • evitar a presença de ervas invasoras no período de colheita;
  • efetivar a colheita com as plantas em altura adequada;
  • fazer uso adequado de desfolhantes e maturadores (quando pertinente).

Caso da cultura da soja

A colheita da soja nas grandes regiões produtoras do Brasil geralmente tem uma curta faixa de tempo para as operações, seja pelas condições climáticas ou pela segunda safra de culturas como o algodão.

De todo modo, os principais desafios consistem em evitar situações quase sempre operacionais que reduzem a eficiência e aumentam as perdas no campo. Entre as mais importantes, podemos destacar:

  • evitar a utilização de plantas com porte muito baixo;
  • utilizar apenas cultivares menos sujeitos ao acamamento, pois não são colhidos;
  • preparar o solo de modo adequado para evitar irregularidades de relevo no deslocamento da colhedora;
  • manter adequado controle de invasores, em especial os de infestação tardia, próximos à colheita;
  • manter a regulagem adequada da colheitadeira;
  • operar em velocidade condizente com as melhores respostas.

Quais as principais máquinas empregadas?

As principais culturas agrícolas que fazem uso da colheita mecanizada são representadas pelos grãos, algodão, cana-de-açúcar e café.

Existe uma grande variedade de colhedoras e maneiras de definir os tipos de máquinas utilizadas na colheita mecanizada. De modo geral, pode-se considerar, inicialmente, a existência de três formas de colhedoras:

  • colhedoras de arrasto: com barras de tração acionadas pela tomada de potência do trator;
  • colhedoras montadas: com sistema de levantamento hidráulico;
  • colhedoras autopropelidas: com fonte própria de potência.

Por sua vez, entre as colhedoras de grãos, por exemplo, pode-se levar em conta a potência do motor (em HP), conforme indicado pela AEM (Association of Equipment Manufacturers):

  • classe 3 < 161 HP;
  • classe 4 = 161 a 200 HP;
  • classe 5 = 201 a 254 HP;
  • classe 6 = 255 a 294 HP;
  • classe 7 = 295 a 354 HP;
  • classe 8 = 355 a 474 HP;
  • classe 9 = 475 a 594 HP.

Entre as colhedoras de algodão estão as do tipo picker ou de fuso, que colhem o algodão em caroço dos capulhos sem retirar as casquilhas. Por sua vez, as do tipo stripper ou de arranque, atualmente as de uso mais econômico, conseguem retirar os capulhos inteiros.

Como você pode ver, são diversos os aspectos que devem ser considerados ao investir na colheita mecanizada, mas que resultam em muitos benefícios para o produtor.

Já conhecia esses detalhes? Tem experiência com colheita mecanizada? Compartilhe aqui seu comentário.

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