Capim-rabo-de-raposa: saiba como fazer o manejo corretamente
O capim-rabo-de-raposa é um invasor que ataca muitas propriedades e lavouras. Com um aspecto de touceira, ele pode não só ocupar o espaço da cultura principal, como tomar os recursos e prejudicar o desenvolvimento dela. Por isso, é bom manter a atenção redobrada sobre o crescimento dessas plantas daninhas.
Neste artigo, você encontra dicas e informações valiosas sobre o assunto. Explicamos o que é o capim-rabo-de-raposa, quais são os danos que ele causa na plantação, como realizar o manejo e mais. Aproveite!
O que é o capim-rabo-de-raposa?
O capim-rabo-de-raposa, assim como o capim-rabo-de-burro, é uma gramínea bastante comum em território brasileiro. Inclusive, ela pode infestar uma lavoura, afetando a produtividade.
Presente em diferentes tipos de solo e condições de clima, ele pode acometer plantações de soja, cana, milho e até algodão. Por esse motivo, é extremamente importante que o controle seja feito de forma rígida, justamente para não afetar o espaço da cultura.
Quanto à aparência, o capim-rabo-de-raposa cresce de forma reta e se desenvolve em touceiras. A planta atinge cerca de 1 metro de altura, com colmos de formato achatado e folhas lineares. Ela também é popularmente conhecida como:
- capim-rabo-de-rato;
- capim-rabo-de-gato;
- capim setaria;
- esparto-pequeno;
- espartilho;
- bambuzinho.
Essa planta daninha ainda desenvolve diversas espigas que podem ter coloração entre um tom de palha até um avermelhado. As cerdas da espiga dão a aparência de rabo de raposa, o que atribui ainda mais sentido ao nome popularizado para a espécie Setaria parviflora.
Quais os danos que ele causa na plantação?
O maior risco trazido pelo capim-rabo-de-raposa é a competição que ele cria com a cultura principal. Ao dividir o solo com a plantação, pode prejudicar as condições de desenvolvimento saudável das outras plantas. Ou seja, ele usa não só o espaço na lavoura, mas também os nutrientes, a água e até a luz solar que deveria ser direcionada para elas.
Como qualquer outra planta, esse invasor ainda pode se transformar em um perfeito hospedeiro para patógenos. Isso vale tanto para insetos e pragas em geral quanto para doenças provocadas por fungos. Então, permitir o crescimento e a permanência do capim-rabo-de-raposa na lavoura é sinônimo de:
- ganho de umidade nos grãos do produto colhido;
- aumento nos custos operacionais de manejo da lavoura;
- perda de qualidade total na safra e no produto final;
- desafios operacionais gerais, como o embuchamento dos equipamentos de colheita.
Nesse último caso, você ainda pode ter problemas mecânicos em longo prazo com suas máquinas e seus equipamentos, o que resultaria em um custo ainda maior.
Como realizar o manejo do capim-rabo-de-raposa?
O controle do capim-rabo-de-raposa é bastante difícil, especialmente porque ele espalha sementes e fragmenta seus rizomas. Logo, é fundamental ter uma estratégia consistente de manejo dessa planta daninha, inclusive combinando diferentes métodos de interferência. Saiba mais sobre essas práticas!
Manejo preventivo
O manejo preventivo é todo e qualquer cuidado adotado para que sementes de outras culturas não acabem infectando e se disseminando pela área da lavoura. Para isso, você pode priorizar o uso de sementes e mudas certificadas, estabelecer relações com parceiros de confiança, controlar todas as plantas invasoras e manter os equipamentos higienizados.
Manejo cultural
O manejo cultural é o que vai aumentar as chances de a cultura principal manter seu domínio sobre os invasores em caso de competição por espaço e recursos. Para tanto, é essencial preparar bem o solo, fornecer uma adubação equilibrada, escolher variedades propícias para a região etc. Adotar a rotação de culturas e aprimorar seu sistema de plantio também são ótimas estratégias.
Manejo mecânico
O manejo mecânico consiste em fazer a retirada do capim-rabo-de-raposa. Isso pode ser feito de muitas maneiras, desde a capina manual, por exemplo, até um cultivador mecanizado. Outras opções incluem a aração e a gradagem, a roçagem mecânica ou manual e até o uso de cobertura morta. A ideia é cortar ou arrancar as plantas daninhas.
Manejo químico
Por fim, temos o manejo químico, que nada mais é do que a utilização de herbicidas para combater a planta. Existem várias alternativas que têm registro junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), como:
- Alacloro;
- Cletodim;
- Glifosato;
- Pendimetalina;
- Propanil;
- Trifluralina;
- Quizalofope-P-etílico.
Independentemente do produto escolhido, lembre-se de manter atenção às instruções de uso para evitar contaminações e prejuízos desnecessários ao solo. Além disso, não se esqueça de fazer uma alternância entre diferentes herbicidas, para impedir que as invasoras criem resistência a eles.
Quais os principais métodos de prevenção e controle?
As boas práticas envolvendo o manejo do capim-rabo-de-raposa incluem as recomendações gerais para o controle de pragas e outros problemas do gênero. Isto é, investir na rotação de culturas, manter os equipamentos e as ferramentas limpas e fazer o correto preparo do solo antes de semear.
Também reforçamos que é fundamental você monitorar de forma contínua o desenvolvimento da cultura, bem como o surgimento de qualquer espécie indesejada entre ela. Ao identificar uma invasão, é importante fazer a aplicação de herbicidas o quanto antes para evitar prejuízos maiores.
De qualquer maneira, lembre-se sempre de priorizar a integridade do solo, do meio ambiente em geral e, é claro, da saúde humana. Antes de usar um herbicida, certifique-se de que seu uso é seguro às pessoas, ao ecossistema e às plantas.
O uso de adubos orgânicos e de cobertura morta também pode ser favorável ao combate às plantas daninhas como o capim-rabo-de-raposa, ao mesmo tempo em que mantêm o solo rico e fértil.
Como você viu, o capim-rabo-de-raposa (Setaria parviflora) pode ser bem inconveniente e prejudicial à cultura principal. Por isso, manter um cuidado redobrado sobre seu surgimento e desenvolvimento é indispensável para garantir uma boa produtividade na safra.
Obviamente, o controle de infestações não é algo que faça parte do plano de manejo. No entanto, quando ocorre, é interessante que haja uma janela para o controle desses elementos. Felizmente, agora você já sabe quais são os métodos mais indicados para manter sua lavoura saudável e livre do capim-rabo-de-raposa.
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