calendário agrícola

Saiba como montar um calendário agrícola para sua lavoura

Você, que está na área agrícola há um bom tempo, sabe como o planejamento deve estar sempre presente em uma produção rural. Nesse sentido, o calendário agrícola é uma das principais ferramentas para planejar os momentos de semeadura e colheita. Sem esse elemento, fica muito arriscado investir em um novo plantio.

Esse calendário serve como um guia para controlar as datas de cada etapa que será realizada. Ele sempre considera as regiões e as condições climáticas do Brasil.

Neste artigo, mostraremos o que é o calendário agrícola e de que forma ele pode ser implementado por você. Continue lendo!

Qual é a importância do calendário agrícola?

Conforme o próprio nome sugere, o calendário agrícola é um documento que indica as melhores épocas do ano para fazer a semeadura, bem como a colheita de várias culturas, sempre de acordo com a região do país.

No Brasil, o calendário agrícola é capaz de ser bem específico graças à pluralidade que temos em nosso clima e vegetação. Desse modo, esse documento auxilia no planejamento de plantio do produtor rural, contribuindo diretamente para os resultados da produção agrícola.

Além de indicar os meses adequados para começar os plantios, o calendário agrícola fornece outros dados importantes:

  • precipitação anual, contendo início e término da estação de chuvas;
  • variações de temperatura e velocidade do vento, bem como a umidade relativa do ar;
  • análise do solo;
  • zoneamento agrícola;
  • ecologia da espécie a ser cultivada;
  • disponibilidade dos cultivares recomendados na sua região.

Qual a importância de montar um calendário agrícola?

O agricultor necessita de várias práticas conjuntas para que o plantio seja bem-sucedido. Ao adotar a prática de construir um calendário, você seguirá um conjunto de dados contendo as melhores épocas do ano para fazer a semeadura e a colheita.

No Brasil, esse documento é ainda mais importante, tendo em vista que a extensão territorial do país apresenta uma enorme variedade climática, tipo de solo e culturas compatíveis.

Inclusive, esse é um dos motivos que faz a agricultura brasileira ser uma das mais variadas e competitivas do mundo. De acordo com estudo da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa (Sire) realizado por especialistas da Embrapa, entre 2011 para 2020, a participação do país na produção mundial de grãos, por exemplo, cresceu de 6% para 8%.

Segundo a mesma fonte, o agro brasileiro seria responsável pela alimentação de 772,6 milhões de pessoas no mundo.

Os dados são muito positivos, porém, sem um controle e planejamento específico, é muito fácil se perder em meio a todas essas oportunidades. Por outro lado, ao utilizar um calendário agrícola no tempo ideal, é possível extrair o maior potencial possível de um plantio e participar dessas boas estatísticas.

Resumidamente, o calendário agrícola se torna um verdadeiro guia para que as suas ações enquanto agricultor sejam mais eficazes. Com ele, você aplica esforços e recursos da forma correta, tendo mais segurança e maiores possibilidades de boas colheitas e, consequentemente, de lucro.

Como montar um calendário agrícola para sua lavoura?

Para montar um calendário agrícola para a sua lavoura, você precisa conhecer os aspectos básicos mínimos para a confecção dele. Veja quais são eles!

Avalie a qualidade do solo

O primeiro ponto a ser inserido no seu calendário agrícola são as características do solo. Dependendo desse elemento, pode ser necessário fazer ajustes no que será cultivado. Os pontos a serem verificados são:

  • densidade;
  • porosidade;
  • estabilidade de agregados;
  • textura;
  • compactação;
  • condutividade hidráulica;
  • capacidade de armazenamento de água disponível.

Veja o nível de precipitação anual

Outro elemento a ser inserido no seu calendário agrícola é analisar os dados meteorológicos relacionados à precipitação anual. Eles podem conferidos em diversos portais de institutos que fazem essas análises e previsões. São eles:

  • Sistema de Monitoramento Agrometeorológico da Embrapa (Agritempo);
  • Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos/INPE (CPTEC);
  • Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

Além disso, diretamente no Broto, você pode consultar a previsão de tempo e chuva, bem como a estimativa de evapotranspiração do sistema solo-planta-atmosfera num horizonte de até quatro dias adiante, além de dados de temperatura, vento, radiação, umidade etc. Conheça essa solução!

Defina os produtos utilizados

Outro detalhe que você deve observar são os produtos utilizados ao longo do cultivo. Nesse ponto, enquadram-se todos os insumos, materiais, equipamentos agrícolas e ferramentas exigidos. Além disso, o calendário agrícola precisa compreender os fornecedores que podem ser acionados nas mais diferentes etapas da produção.

Assim, é importante ter um cadastro com, no mínimo, três fornecedores diferentes para cada tipo de produto. Isso garante que você não fique desamparado caso precise de algo com urgência.

Verifique a umidade do ar

Por fim, também é importante analisar a umidade do ar. Afinal, ela é um indicador essencial da presença de vapor de água na atmosfera. A determinação de um clima mais úmido ou seco é indispensável para definir o que será plantado em cada época do ano.

Quais são as características de cada região para montar o calendário econômico?

A análise das características de cada região é um fator essencial para inserir no seu planejamento e calendário agrícola. Afinal, existem culturas que podem não ser adequadas ao clima quente ou frio, ou em terrenos mais úmidos ou secos.

É claro que esse fator acaba sendo muito relativo, pois temos regiões do nosso país em que, mesmo no inverno, as temperaturas ainda tendem a ser mais elevadas do que em outros estados. Por exemplo, no norte do Espírito Santo e no sul do Nordeste tende a fazer calor praticamente o ano inteiro.

No Nordeste, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), há ainda a maior concentração de áreas suscetíveis à desertificação. Aqui, o mesmo estudo apresenta a cana-de-açúcar como o principal produto agrícola, seguido de algodão (Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte), de soja (Bahia, Maranhão), milho e tabaco (Bahia).

Na região Sul, o clima costuma ser mais frio no inverno, com verão de temperaturas moderadas. Logo, já são mais propensas ao cultivo de culturas que dependem do frio, bem como as plantas tropicais, que podem ser cultivadas em temperaturas moderadas, a exemplo do tomate e da erva-mate. Nessas regiões, de acordo com outra publicação do Ipea, também se destacam as produções de soja e milho.

Já na região Centro-Oeste, temos um clima predominantemente tropical e semiúmido. Além das chuvas frequentes, as temperaturas são bem definidas, variando entre 15°C nos meses mais frios e 40°C nos mais quentes. As estações são bem definidas e, por isso, os estados dessa região são os mais ocupados pelos produtores rurais com plantações de soja, milho e cana-de-açúcar.

É verdade que, graças aos constantes estudos que têm levado ao melhoramento genético das plantas, diversas culturas passam a contar com variedades que se adaptam às diferentes condições. Mesmo assim, o calendário agrícola continua sendo uma ferramenta imprescindível para o produtor rural.

Agora que sabe como montá-lo, é o momento de começar a inseri-lo em seu planejamento de plantio. Utilize as informações que trouxemos aqui no Broto para programar o seu calendário, ajustando às suas necessidades.

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