Alta oferta de suínos faz preços recuarem no início de 2022
A alta oferta de suínos no mercado fez com que os preços recuassem nas primeiras semanas de janeiro, de acordo com o indicador Cepea.
Em Minas Gerais, o preço da carne de porco baixou cerca de 19,6%. Em São Paulo, Santa Catarina e Paraná, as baixas foram, respectivamente, de 18%, 19,2% e 20%.
Além desse recuo, outro fator contribuiu para o estreitamento da margem do suinocultor. Confira a seguir.
Custo de produção é ponto de atenção
O outro fator, somado à a alta oferta de suínos no mercado, contribuiu para o estreitamento da margem do suinocultor: a alta no custo de produção – reflexo, em especial, da alta do milho e do farelo de soja, principais insumos da ração.
A forte seca ocorrida no Sul do país causou quebra na produção de milho, levando a uma elevação no preço de quase 8% no acumulado de janeiro, conforme indicador Cepea/BM&F Bovespa. O cereal fechou dia 19/01 cotado a R$ 97,70/saca.
Os contratos de milho para março de 2022 fecharam a R$ 96,40, alta de 6,5%, enquanto julho de 2022 fechou a R$ 89,31, alta de 7,7%. Para curto prazo, a tendência é de alta no preço da saca do cereal.
Os pecuaristas estão atentos à segunda safra de milho, que poderá produzir volume suficiente para pressionar negativamente um pouco os preços, possibilitando um recuo no custo da ração.
Em 2021, o Brasil produziu cerca de 4,7 milhões de toneladas de carne suína. Para 2022 é esperado um aumento de 4% na produção e de 5% no consumo.
Mercado internacional de suínos
No cenário externo, a atenção está voltada para a China, nosso principal parceiro e destino de quase metade das exportações brasileiras de carne suína.
O gigante asiático recuperou sua autossuficiência em 95% do plantel em relação a 2018, início do surto de peste suína africana. Isso poderá causar uma diminuição nas compras, podendo gerar volatilidade nos preços.
Ao mesmo tempo, há expectativa de ampliação de novos mercados, como México e Europa, e de aumento de demanda da Rússia.
Recomendação dos especialistas em agro do BB
De forma a contribuir com a sustentabilidade e reduzir custos, o Banco do Brasil oferece aos suinocultores linhas de crédito destinadas ao financiamento de biodigestores, sistemas de geração de energia por placas fotovoltaicas, bem como unidades armazenadoras para abastecer as fábricas de ração.
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