AgTechs

Conheça as AgTechs e suas principais tendências

O mercado global de tecnologia já sinalizou sua mais forte onda: as AgTechs. E o Brasil está no momento certo para ser um dos protagonistas nessa evolução do agronegócio e especialmente dos trabalhos na propriedade rural.

Um dos obstáculos que estão sendo trabalhados para serem vencidos é a conectividade no campo. Por sua vez, as tendências que se apresentam sinalizam inúmeros aprimoramentos nos processos de produção, seu gerenciamento e melhorias na produtividade.

Continue a leitura e conheça as AgTechs e suas principais tendências.

O que são AgTechs?

O termo AgTech é empregado para designar as empresas que promovem inovações no agronegócio, fazendo uso de tecnologias aplicadas à produção rural.

De modo geral, há AgTechs que atuam, entre outros, nos segmentos de:

  • biotecnologia e sementes;
  • automação de máquinas agrícolas;
  • monitoramento de interesse agropecuário;
  • controle ambiental;
  • alternativas energéticas;
  • softwares e aplicativos para o agronegócio;
  • aproveitamento de resíduos.

Quais as diferenças para empresas tradicionais?

De maneira geral, as empresas tradicionais possuem foco na sobrevivência do próprio negócio diante da concorrência. Nesse sentido, é preciso acrescentar que além da sobrevivência, seu direcionamento se faz no sentido de alcançar o retorno do valor investido.

Por sua vez, uma AgTech, startup por natureza, consolida-se em outra direção. Para essas empresas, o foco está na oportunidade de fornecer respostas a determinadas demandas do mercado, tendo a ideia como um diferencial.

Outra diferença marcante: as empresas tradicionais operam com uma estrutura hierárquica e definições estratégicas mais rígidas. Disso, resulta um crescimento mais lento.

As AgTechs, por outro lado, internalizam os próprios riscos, abordando-os como parte da caminhada. As mudanças ocorrem diariamente, e a agilidade é indispensável para resolvê-las a contento.

De forma resumida, as AgTechs apresentam características que as diferenciam das empresas tradicionais e que podem ser assim relacionadas:

  • estão preparadas para lidar com eventuais riscos do negócio, moldando-se conforme as novas realidades;
  • possuem foco nas oportunidades de resposta às demandas do mercado com novas ideias;
  • operam sempre com pouco fluxo de caixa e precisam ser muito cuidadosas em cada passo;
  • por definição, devem ser escalonáveis, de modo que podem repetir o mesmo “módulo” de resultado;
  • são financiadas tendo por base a escalabilidade e o potencial futuro;
  • precisam trabalhar para o desenvolvimento e o crescimento da empresa sem lucros no início;
  • são inovadoras em seu segmento de atuação.

Qual o cenário brasileiro das AgTechs?

Embora seja um evento muito recente, as AgTechs brasileiras começam a experimentar um acúmulo nos seus negócios inovadores. BovControl, Aegro, Strider, Solinftec e AgroNow constituem os principais exemplos consolidados de tecnologia no agronegócio brasileiro.

Mas a gestação de novos casos não parou por aí. Um importante exemplo é o caso da Bug Agentes Biológicos, criada nos laboratórios da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da USP, em Piracicaba, no interior de SP.

Essa AgTech comercializa insetos que realizam o controle biológico contra pragas de grandes lavouras, como soja e cana-de-açúcar. A revista americana Fast Company a elegeu como a 33ª empresa mais inovadora do mundo.

Entre outros exemplos que merecem destaque, podem ser citados o caso da Checkplant, do município de Pelotas (RS). A AgTech desenvolveu um software que realiza o rastreamento de frutos na lavoura.

Também se destaca a Organomix, de São Paulo, SP. A empresa implementou um mercado eletrônico (e-commerce) especializado em produtos orgânicos e alimentos saudáveis.

Em Santa Catarina, no município de Blumenau, a desenvolvedora de softwares Senior Sistemas testou em projeto exclusivo com a beneficiadora de arroz e feijão Urbano Agroindustrial. Trata-se de uma ferramenta de monitoramento e controle do volume de grãos.

Quais as principais tendências que se apresentam?

O fomento às AgTechs surge como alento e impulso ao bom momento do agronegócio brasileiro. As inovações necessárias devem permitir aumento de produtividade agilizando tarefas e digitalizando processos que atuam no campo.

O Brasil entrou nos trilhos do desenvolvimento de AgTechs nacionais, que já contam milhares pelo país. Seu grande desafio, porém, é a baixa conectividade e a integração dos dados gerados por diferentes dispositivos disponíveis. Veja a seguir alguns das principais tendências que vêm evoluindo a cada ano.

Automatização de ordenha na pecuária leiteira

A grande vantagem operacional do sistema de automatização de ordenha consiste na uniformização do processo de preparo da vaca. Além disso, disponibiliza um conjunto de informações sobre rendimento operacional, alimentação e saúde do rebanho leiteiro, reprodução e outras indispensáveis ao sucesso da pecuária leiteira.

Dessa forma, por exemplo, é possível ajustar o nível de alimentação em função da produção de cada animal. Ao mesmo tempo, podem ser identificadas a presença de cio entre os animais e o melhor momento para a inseminação, assim como a ocorrência de doenças como a mastite, entre outras.

Sensores de monitoramento agrícola

Uma das principais ferramentas da agricultura de precisão, os sensores permitem captar e transmitir dados para uma central capaz de registrar, informar e tomar decisões. São instrumentos que mantêm contato direto com o meio que monitoram para avaliar sua realidade em tempo real e enviar os dados obtidos.

Sensores estão entre os diversos equipamentos dedicados à agricultura de precisão. Os dados que enviam podem ser utilizados, por exemplo, para acionar a irrigação apenas de um talhão com déficit de umidade, da mesma forma que sensores de fertilidade do solo podem indicar a demanda por determinados nutrientes.

Emprego de drones na propriedade rural

A utilização de drones na propriedade rural já sinaliza uma infinidade de aplicações tornadas possíveis com o seu emprego. Desse modo, inspeções na propriedade, acompanhamento do desenvolvimento de culturas e identificação de reboleiras com sintomas de deficiências ou de ataques por pragas constituem alguns dos exemplos mais simples.

Por sua vez, a tecnologia de interpretação de imagens pode facilitar a tomada de decisões. A transmissão de dados e o diagnóstico das imagens enviadas pelo drone podem emitir relatórios que permitem muitas horas de economia de trabalho de campo.

Como você pode ver, as AgTechs estão em um momento muito bom no Brasil, com boas perspectivas de evolução. As tendências de digitalização do campo estão cada vez mais fortes e se consolidando a cada dia.

Agora que você conheceu as AgroTechs, aproveite para conhecer mais sobre as tendências de tecnologia no campo.

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